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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

domingo, 31 de julho de 2011

Fora daqui

"Fogo eterno pra afugentar
O inferno pra outro lugar
 Fogo eterno pra consumir
 O inferno, fora daqui."
("Palco" - Gilberto Gil)
Ceará-Mirim - entrada da cidade

O que ainda virá?


Como se não bastasse a escravização do nosso (ex)rico solo pela monocultura agroindustrial canavieira já á décadas, como se não bastasse as oligarquias podres se revezando no poder, como se não bastasse o aroma de "salada" do "lixão"(aquilo não é mais aterro!) em nossas narinas, hoje(29/07) fiquei sabendo do início das obras do presídio aqui em nosso município.
Ceará-Mirim me surpreende a cada dia pelo fato de atrair coisas que nenhum outro município quer. É incrível. Acho que esses dirigentes ao olharem no mapa, dizem assim: “Constrói alí que não tem problema”.
Nossos jovens desempregados ou dependentes de indústrias têxteis em Extremoz, onde ficam? Será que não dá, pelo menos entre uma coisa e outra, incentivar a implantação de empresas com capacidade de gerar emprego? Será que é tão difícil assim?
A verdade é que a cidade diminui. Não em tamanho, mas em personalidade. Vai afundando.
Coleciono tristemente notícias ruins de um vale que se prende ao passado, exaltando casarões, barões e brasões, enquanto ignora a situação caótica do seu triste cenário atual.
Prof.Carlos Henrique

Foto:  Walter Leite (internet)

sábado, 30 de julho de 2011

Nos passos de Raulzito

“Por muito tempo eu sentia vergonha 
das coisas que eu sinto
E disfarçando, escrevia difícil 

só pra complicar
Quando a flor é uma flor e não tem 

outro jeito da gente dizer,
Pra que mentir, se eu sei, eu sei que...”
(Eu Quero Mesmo –
Raul Seixas / Claudio Roberto)

Fãs de Raul

Tributo a Raul Seixas 
em Ceará-Mirim
(Bastidores de uma doce “maluquez”)

Bem, foi dada a largada naqueles primeiros anos de tributo a Raul desse que viria a ser um dos maiores eventos musicais da cidade. As dificuldades permaneciam (e permanecem até hoje), mas a diversão era muito boa, a homenagem muito justa. Então tínhamos mais era que insistir nessa empreitada, mesmo que forças contrárias teimassem em dizer não. 
Erivan e Júnior, o cara da computação. 
Nem mesmo com o braço desse jeito
o impedia de participar da festa

Numa época em que computador era artigo de luxo, e mais, quem aqui nessa cidade tinha uma máquina dessa? Para identificar as obras do cantor expostas com tanto prazer pelo colecionador Erivan Lima, recorremos a um amigo que na época trabalhava na Usina São Francisco e lá mexia com computador. Assim, por vários anos Júnior Batista criou a arte daquelas letras, que eram impressas numa impressora matricial, de onde saia aquela tira de papel que depois a gente recortava para organizar a exposição.
O pequeno Bruno (que mais tarde criaria
 sua banda pra tocar no tributo),
 com seus pais: Erinho e Edna

Diz uma canção do Ednardo: “mas como é triste essa nossa vida de artista”, de certa forma é mesmo. Além dos tropeços do caminho, a falta de recursos para a realização da festa, não é que a gente as vezes esbarrava em problemas internos na banda! Foi assim que naquele 5º Tributo aconteceu um impasse: dois músicos não se batiam e um quis desistir de se apresentar, ou pelo menos não subiria no palco com a presença do outro. Houve várias tentativas de negociação, mas veio o veredicto: apresentações em separado. No mesmo palco nem pensar. 
Luciano Morais, Eliel, João Maria, 
Erivan e Alexandre Lacerda

Vejam que ironia: naquele ano não teve palco! Mas e ai, não houve a festa? Claro. Mas por coincidência, e para provar que evento de rock por aqui não dava as cartas, naquela mesma data fora marcada uma outra festa no clube, à noite. Uma festa da Usina São Francisco. Como conciliar os dois eventos? O jeito foi a gente tocar no salão de dança. O palco ficou livre para que, quando o equipamento de som chegasse, não tivesse problema para arrumar. Esse tributo foi marcado pelo improviso, porém, não faltou qualidade. Foi quase acústico, contando com as participações de dois dos melhores músicos, já naquela época, da nossa cidade: Alexandre Lacerda (viola de 12 cordas) e João Maria Varela (violão). Na bateria já contamos com a presença do Luciano Morais. De improviso a improviso, lembro desse magricela que ora escreve essas memórias cantar Avohai, do Zé Ramalho, e Alexandre e João simplesmente arrasando nos arranjos. 
Lisboa (sebista de Natal, grande incentivador
 e colaborador do evento), Erivan e Eliel

Desde os primeiros anos contamos com vários amigos da capital que, até bem mais que o público daqui, apreciavam o evento e nos davam aquela força. E até o 5º Tributo arrecadava-se algum trocado entre os fãs em troca de algum souvenir para ajudar nas despesas da festa. No próximo sábado falarei do surgimento de algumas bandas a partir desse tributo a Raul Seixas. A gente se encontra...


Créditos:
Texto: Eliel Silva
Fotos: Acervo de Erivan Lima

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sábias palavras



"Findou o mundo em que havia heróis, protótipos, modelos a serem seguidos - Gandhi, Mandela, Che. Hoje os paradigmas são pessoas de sucesso no mercado, celebridades, essa gente bonita e rica que ostenta luxo, esbanja saúde e ocupa sorridentes as páginas das revistas de variedades. (...) Não devo mais olhar para o passado, onde jazem esquecidos meus ex-heróis, nem para o futuro, como se ali houvesse um ideal histórico. Basta-me olhar para dentro de mim mesmo e saber explorar ao máximo o que tenho de melhor: a astúcia de minha inteligência, a força de minha vontade e o poder de traficar influências." Frei Betto (A roda da fortuna - revista caros amigos - nº 172 - julho/2011)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Análise descontraída

“Daqui do meu lugar, eu olho teu altar,
E fico a imaginar aquele pão, 
aquela refeição.”
(Daqui do Meu Lugar – Pe. Zezinho, scj)


Banda Municipal Tenente Djalma Ribeiro

Do meu lugar

Fui a entrega dos títulos de cidadão e cidadã cearamirinenses, versão 2011, concedidos a algumas pessoas que, segundo o regimento, prestaram ou prestam relevantes serviços a sociedade, e quase todas elas bastante conhecidas em nossa cidade. Particularmente, fui prestigiar a homenagem ao amigo Edvaldo Morais, um dos agraciados com a comenda. Fiquei feliz em saber, já no local do evento, que outros merecedores do título também o receberiam naquele momento: Ivo Maia (artista plástico), Severino Xavier (Xavier Enfermeiro), Severino Pinheiro Martiniano (o popular Bill), Mágna Céli, João Raimundo ("seu" João da COSERN).
Professor Caio Azevedo

A banda de música municipal, que parece ressuscitada, tocou na abertura do evento. Foi exibido um documentário sobre Ceará-Mirim (produzido ainda na gestão do prefeito Roberto Varela). O professor Amâncio acompanhado por um amigo, oportunamente entoou a canção “Cio da Terra”, de Chico e Milton. Seguiu-se a leitura das biografias dos indicados ao título, feita com muita maestria pelo chefe do cerimonial, o professor Caio Azevedo. Algumas bastante extensas, outras nem tanto. E por incrível que pareça, foram bastante breves as dos políticos ali presentes. Mas as histórias de pessoas simples, como por exemplo, o senhor Severino Xavier, o popular Xavier Enfermeiro, foram com certeza as mais comoventes e interessantes. Lá do meu lugar, na última fileira de cadeiras, eu estava atento a tudo e a todos: aos cochichos, aos bochichos, e até aos cochilos de alguns da platéia.

Edvaldo Morais e D. Francisca Lopes

O ator Múcio Vicente e sua pequena trupe entrou em cena, e que cena, quebrando qualquer gelo que pudesse estar criado ali, naquela ocasião repleta de formalidades. Em suas mãos ele tinha o rascunho de uma poesia de sua autoria, criada exclusivamente para aquela ocasião, que despertou em todos o desejo de urgência em se fazer alguma coisa mais relevante pela cultura do nosso município. E à medida que ele citava de forma poética a história de alguns dos nossos patrimônios, ora decadentes, o público se emocionava e aplaudia.
Depois, e até pra amenizar o clima de tristeza que se abateu nos corações, diante daquela narrativa tão real, e à pedido do historiador Franklin Marinho, o ator contou a bem humorada estória da encenação da Paixão de Cristo, de Chico Pedrosa, o que fez todo mundo se acabar de rir, inclusive o Pe. Bianor, presente na solenidade.
O professor Amâncio cantou "Cio da terra" 
de Chico e Milton e o Hino de Ceará-Mirim, 
do compositor José Luiz

Mas, vou lhes contar: momento marcante mesmo, eu diria, foi quando a jovem Bárbara Nunes, da equipe de Múcio, recitou, e com direito a encenação, a poesia Lamento de Ilha Bela, da poetisa Ana Maria Costa dos Santos, uma antiga moradora daquela localidade. Tudo tão real, falando da sua decadência, da destruição, do abandono, e solidão daquele lugar, e hoje da saudade dos seus ex-moradores. Vi gente ali, entre as pessoas presentes, empalidecer. Gente que de certa forma “tinha culpa no cartório” por aquela realidade. Na verdade acho que a culpa é de todos nós. Quando a gente se cala diante dos fatos, nos tornamos cúmplices.
Quase não tirei fotografias. Também havia vários fotógrafos oficiais, e confesso que me senti meio deslocado. Mas guardo uma impressão de tudo que vi e ouvi. Guardo sim! Só para mim.
Bárbara Nunes - emoção à flor da pele

Créditos:
Texto e fotos: Eliel Silva  

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Interessante

“Que nosso senhor perdoe os meus ciúmes
Quando penso em cegar os olhos teus
 Pra que eu Somente eu seja teu guia
Os olhos dos teus olhos
 A luz dos olhos teus.”

(Dono dos Teus Olhos - Humberto Teixeira)


Por que a Íris humana é colorida?

Por causa da presença de melanina, pigmento que também confere cor à pele e ao cabelo, explica o oftalmologista Paulo Augusto de Arruda Mello, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Quanto mais melanina a íris concentrar, mais escura ela será. “O papel da íris é regular a quantidade de luz que entra no interior dos olhos, por meio da abertura e fechamento da pupila, a bolinha preta no centro do olho”, afirma Paulo. A maioria da população tem olhos escuros, enquanto apenas 2% da humanidade têm olhos verdes – os mais raros. Olhos azuis são mais comuns nos países da Europa Central e do Norte. Um estudo recente feito por geneticistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, apontou que todas as pessoas de olhos azuis teriam um mesmo antepassado comum. Segundo os autores, a mutação ocorrida em um gene de apenas uma pessoa há cerca de 10 mil anos teria alterado a produção de melanina e dado origem aos olhos azuis. Antes desse episódio, segundo o estudo, todo mundo tinha olhos castanhos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Coisas da vida


“É tão estranho, os bons morrem jovens...”

Em julho celebra-se a morte de dois grandes poetas e compositores do Brasil: Cazuza, o poeta do rock and roll, e Vinícius de Morais, o poetinha, como era carinhosamente chamado, se foram, mas deixaram imortalizadas para a eternidade suas obras. Cazuza expressou como poucos a beleza do amor e as palavras presas na garganta de uma geração que cresceu reprimida pelo governo militar. Vinícius, poeta e diplomata, como se auto intitulava, apaixonado pelas mulheres e pelo uísque, falou do amor e da beleza feminina com uma simplicidade e genialidade que só ele sabia fazer.
Apesar de o Cazuza ter morrido há vinte e um anos e Vinícius trinta e um, suas obras ficarão para sempre na memória, corações e coleções musicais daqueles que admiram a boa música, a poesia.
E a vida continua... “Chega de saudade”..., “O tempo não pára”...

Ilton Soares
Professor universitário
Colaborador do Movimento Alternativo Goto Seco

* Nota do blog: texto enviado  pelo seu autor para publicação no Retratos & Canções.

domingo, 24 de julho de 2011

Cedo demais

“Eu já morri centenas de vezes.”
“Digo adeus só com palavras.”
“As lembranças magoam a minha mente.”
“Existe uma luz no céu acima de nós que apenas quem ama a consegue ver.”
“Eu não sou religiosa. Acredito que fé é algo que serve para dar força. Acredito no destino, que as coisas acontecem por alguma razão.”
Amy Winehouse

Morte de Amy Winehouse encerra precocemente 
uma carreira de sucesso

Amy Winehouse, a conflituosa diva do soul, que tinha constantes problemas com o álcool e as drogas, foi encontrada morta em seu apartamento de Londres neste sábado por causas ainda desconhecidas.

A morte de Amy, de 27 anos, encerrou precocemente a carreira de um dos maiores talentos musicais do Reino Unido, onde a cantora atraía grande atenção da mídia por causa de sua irreverência.
Segundo a imprensa britânica, o serviço de ambulâncias recebeu uma ligação para ajudar a cantora, que estava em sua casa no bairro de Camden Town, no norte de Londres, mas não foi possível fazer nada para salvá-la.
Um porta-voz da Polícia disse que as causas da morte de Amy ainda são desconhecidas e afirmou que é prematuro fazer especulações antes da autópsia.
Um porta-voz da cantora declarou que seus amigos estão "comovidos e destroçados" e confirmou que seu pai, Mitch, já se inteirou da morte da filha e está retornando de Nova York.
Amy foi internada diversas vezes em clínicas de reabilitação, mas suas tentativas de se tratar não impediram que a cantora tivesse que cancelar sua turnê europeia no mês passado, depois que mal conseguiu cantar e chegou a ser vaiada em um show em Belgrado.
A cantora, que em 2006 lançou seu álbum de maior sucesso "Back to Black" (2006), tinha previsto lançar seu terceiro CD em breve.
Sua última aparição pública foi na quarta-feira, quando cantou ao lado de sua afilhada no teatro The Roundhouse, em Camden Town.
Com sua morte prematura, Amy, nascida no seio de uma família judia em North Finchley, no norte de Londres, entrou para a lista de celebridades do mundo da música a morrer aos 27 anos.
Jimmy Hendrix morreu aos 27 anos em Londres, em 1970, após beber vinho e remédios para dormir; o Rolling Stone Brian Jones se afogou em uma piscina em 1969; Janis Joplin morreu em 1970 por overdose de heroína; Jim Morrison morreu em 1971 por problemas cardíacos e Kurt Cobain se matou em 1994.
Várias personalidades do mundo da música e da política, entre elas Sarah Brown, mulher do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown, lamentaram a morte da cantora.
A notícia começou a circular rapidamente através do Twitter depois que Sarah declarou que a morte de Amy era uma "notícia muito triste".
"Um grande talento, uma voz extraordinária, uma morte trágica, condolências à família", escreveu no Twitter.
Muitos fãs foram neste sábado a Camden Town para deixar flores, cartões e outros objetos perto de seu apartamento, já que a Polícia isolou a rua onde a cantora morava.
"Camden Town não te esquecerá. Todos gostamos de você e continuaremos gostando. Sua lenda está viva", dizia um desses cartões.
O Rolling Stone Ron Wood disse neste sábado que perdeu uma amiga com a qual passou bons momentos.
O produtor Salaam Remi, que trabalhou com Amy no disco "Back to Black", escreveu neste sábado no Twitter: "É um dia muito triste. Perdi uma grande amiga e irmã".
O comentarista do jornal "The Daily Telegraph", Neil McCormick, disse neste sábado que está comovido pela morte da artista e lembrou sua recente gravação junto a Tony Bennett por ocasião de um álbum que o cantor americano lançará em setembro para celebrar seus 80 anos.

Fonte: terra 

# # #
Curioso

"27 Club"
Alguns músicos morreram muito cedo e acabaram fazendo parte de um Club que ninguém quer participar. Entre eles Kurt Cobain teria virado 42 esta semana, se ele não fosse um membro da amaldiçoada “27 Club”. Dono da frase “é melhor queimar do que desaparecer” faz parte dos músicos dos “27 Club: músicos que morreram aos 27 anos“. Jimi Hendrix excelente guitarrista e escreveu muitas letras de músicas que foram cantadas por muitos cantores famosos. O guitarrista morreu em 1970 quando tomou uns remédios para dormir e passando mal acabou engasgado com o próprio vomito. Brian Jones foi um dos fundadores da banda Rolling Stones ficou bastante conhecido por tocar vários instrumentos diferentes e foi encontrado morto em sua piscina no ano de 1969.
As músicas que fazem sucesso hoje não são deles, mas com certeza eles deixaram saudades. Outra jovem foi Janis Joplin que era conhecida por sua bela voz e com certeza por ser uma mulher bonita. Morreu em 1970 por causa de uma overdose de heronina e acabou ali seu sucesso, pois sua voz se calou. Jim Morrison era um poeta e escritor um cineastra e vocalista da banda The Doors. Morreu em 1971 quando foi encontrado morto em seu apartamento e a causa da morte até hoje é desconhecida, pois não foi realizada uma autopsia. Muitos outros músicos morreram jovens deixando as pessoas tristes e ainda hoje eles são lembrados com muito carinho por fãns que relembram letras de músicas e shows que foram inesqueciveis.
Em lojas de Cds ainda podemos encontrar as músicas dessas feras que deixaram muita saudades em toda parte do mundo. São ralizadas muitas exposições lembrando dos cantores e guitarristas famosos e talentosos e que morreram de maneiras diversas e algumas até mesmo desconhecidas, mas que tinham em comum a música e o sucesso com suas bandas. As curiosidades sobre os cantores e guitarristas até hoje são muitas e por isso ainda podemos pesquisar sobre eles na internet e vários sites para saber exatamente sobre a vida de cada um desses idolos que perderam a vida tão cedo e todos aos vinte e sete anos de idade.
Alguns deles disseram frases estranhas antes de morrer e algumas pessoas dizem que morreram de acordo com a frase dita. Bom se é verdade eu não sei, mas muitas das frases de muitos famosos foi bastante parecida com a  morte que tiveram. Na verdade hoje em dia o que ficou desses cantores e guitarristas foi muita saudade afinal eles tinham um público bastante numeroso e com as mortes muitas pessoas sofreram. Jovens que tinham uma vida pela frente e uma carreira muito importante acabaram mortos. Destino cruel desses jovens talentosos e queridos por muitos.

sábado, 23 de julho de 2011

Perece que foi ontem

“Há muito tempo atrás 
na velha Bahia
Eu imitava Little Richard
 e me contorcia
as pessoas se afastavam
 pensando que eu tava tendo um ataque
de epilepsia (de epilepsia)”.
(Rock 'n' Roll - Raul Seixas / Marcelo Nova)

Eliel, Erinho e João

Maluquez Revisitada
(A história que talvez não foi contada)

Conte cinco sábados a partir de hoje. Nos encontraremos então no Centro Esportivo e Cultural de Ceará Mirim para o 22º Tributo a Raul Seixas. Pois é, há vinte e dois anos estamos nessa. Mas como será que tudo começou? Vocês me permitem contar um pouco essa história? Olha, eu estava lá, naquele primeiríssimo, no número um. Foi assim...

Segundo o Erivan Lima (que à época, ainda não era “Seixas”), apesar de já ter todo aquele acervo do Raul, viver e respirar o ídolo, como contou certa vez o Mércio, outro fã do maluco; bem, segundo ele, e eu já nem me lembrava mais, tudo começou a partir de uma conversa entre eu, ele e o Giancarlo sobre fazer uma homenagem ao cantor, que naquele agosto do ano de 1990 completaria um ano de falecimento. O nome do evento, esse eu lembro e nunca poderia esquecer, fui eu quem sugeriu. Pegando carona no clássico disco de Bob Dylan Highway 61 Revisited, de pronto eu falei: que tal “Maluquez Revisitada”? E cuidei em justificar: é que significava rever toda aquela maluquez do Raul, naquele momento, uma vez por ano. Para o bem de todos (para o meu mais ainda) e felicidade geral da nação raulxeixista, a ideia foi aceita pelos outros dois. E até hoje permanece esse título. Agradeço ao Erinho, meu amigo de longas datas por manter a tradição de tudo, celebrando assim as boas e velhas amizades e o bom e velho rock ‘n’ roll.
 
Eliel, Erinho e Ionaldo

Mas, e como fazer aquele evento se a gente não tinha um tostão? Foi ai que surgiu a ideia de “cair em campo” e pedir ajuda dos amigos, amantes da boa música. Recorremos ao velho guru, Manoel Ubiratan, que na época exercia um cargo importante na Secretaria Municipal de Educação, que nos cedeu um material para confecção de um livreto com matérias sobre o cantor homenageado. Inclusive eu, que havia escrito um longo poema para o Raul, Réquiem para uma estrela, achei por bem publicá-lo naquele momento. Assim, com a ajuda desses vários amigos, e de outros que citarei adiante; com aquele bendito livrinho, que no dia do tributo a gente distribuiu com as pessoas presentes, em troca de qualquer ajuda financeira para pagar as despesas com o equipamento de som da banda “Forró do Povo”, do nosso amigo Luiz, foi possível dar o primeiro passo para àquele que mais tarde se tornaria o evento mais tradicional da cidade, reconhecido aqui no estado e em todo o país.  O espaço do Centro Esportivo nos foi cedido de graça e de forma muito generosa pelo então presidente João Maria (conhecido como João Maria do SAAE). Certo dia, conversando com o Erivan “Seixas” (hoje ele já pode se considerar assim), comentamos sobre a importância daquele gesto do presidente, acreditando no nosso trabalho, e olha que se tratava de música ROCK, gênero marginalizado na cidade por aqueles tempos (e se brincar, até hoje). Naquele momento, um “não” pra gente seria fatal. Porque ficaríamos desestimulados para prosseguir. Felizmente tudo tem dado certo, apesar das dificuldades.


Giancarlo, Ionaldo e Eliel (a "grande" banda - 
o fotógrafo escondeu o baterista Naldo e/ou Manoel - 
o garotinho que observava lá no fundo do palco
 talvez não visse futuro nenhum naquilo)

E a banda pra tocar? Ora senhoras, ora senhores, se não tínhamos dinheiro nem para o som, como poderíamos contratar músicos. Então é como diz o dito popular: se não tem tu, vai tu mesmo. E fomos! Foi ai que entraram em cena, além dos já citados aqui, também o Ionaldo Oliveira, o João Palhano, os filhos do saudoso Etewaldo Santiago, Manoel e Naldo. Montamos “a banda” com os nossos poucos recursos. Fizemos a festa. O pequeno cartaz (pequeno é apelido, era minúsculo, porém de muita importância) foi um trabalho do João Maria Câmara, um velho amigo nosso que na época trabalhava numa gráfica em Natal.
No próximo sábado se vocês me permitirem eu conto mais.


Créditos:
Texto: Eliel Silva
Fotos: Acervo pessoal

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Na galeria do amor (não) é assim...

“Na galeria do amor é assim
Muita gente a procura de gente
 A galeria do amor é assim
 Um lugar de emoções diferentes.”

(Galeria do Amor – Agnaldo Timóteo)


MPF pede inquérito sobre acusações em carta de Agnaldo Timóteo

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para apurar as declarações do vereador de São Paulo Agnaldo Timóteo (PR) em carta enviada a um antigo aliado, na qual menciona cobrança de propina por colegas de partido. No requerimento enviado à PF, a Procuradoria indicou que o vereador seja ouvido "com urgência".
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira aponta que a carta, escrita em papel timbrado da Câmara Municipal de São Paulo, cita o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). No texto, Timóteo se explica por ter demitido de seu gabinete a filha de Geraldo de Souza Amorim, a quem diz ter "levado" a reuniões com o prefeito Gilberto Kassab e o ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), do PR.
"Você se lembra, Geraldo, que os oportunistas do meu partido te exigiram R$ 300 mil mensais? E eu pergunto: te pedi alguma coisa para levá-lo ao nosso ministro? Pedi alguma coisa para levá-lo à mesa do prefeito Kassab?", diz a carta, que foi registrada e teve firma reconhecida pelo 3º Tabelião de Notas de São Paulo.
Amorim era sócio da GSA, empresa que em 2004 obteve da RFFSA (Rede Ferroviária Federal) autorização para instalar, em terreno da antiga estatal, a Feira da Madrugada, que reúne ambulantes no bairro do Pari (centro de SP).
A carta de Timóteo é a base de representação protocolada ontem no MPF pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP). Ele pede a investigação de supostas práticas de improbidade administrativa, cobrança de propina e enriquecimento ilícito por parte de políticos do PR e de grupos rivais de comerciantes da feira. Para o MPF, a carta de Timóteo "indica a prática, em tese, de crime contra a administração pública por membros do partido PR".

Fonte: terra -política

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dois


Salve, salve a amizade*

Pobres infelizes os ignorantes que não têm amigos, que não sabem a importância dessa figura fundamental na nossa breve e instigante vida. Deus na sua fiel sabedoria se esqueceu de criar o 11º mandamento: “É pecado mortal não ter amigos, não ter alguém para abraçar e dizer: ´como é bom ser seu amigo´.” 
Deste pecado eu estaria absolvido, aliás, por várias encarnações, tenho muitos amigos: amigos bêbados, que em seus momentos de evolução etílica transcendental e sobrenormal dizem eu te amo; amigos que não bebem, mas também dizem eu te amo; amigos que tocam piano, poetas, artista plástico, mágico, surfista, burocrata, intelectual, alguns sorridentes, outros não, amigos cultos, outros não, amigos pretos, amarelos, brancos, multirraciais. Amigos “vagabundos”, de classe média, amigos sem classe nenhuma, mas são amigos. Tem aquele que é político, poeta, idealista e às vezes anarquista. Amigos próximos, outros distantes: “a milhas e milhas e milhas de qualquer lugar”.
Ufa! Quantos amigos! Amigo é aquele que fica feliz com a felicidade do amigo, que está ao seu lado quando você precisa de uma força, que paga a conta do bar porque você ficou embriagado e não sabe onde está o dinheiro. “Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração...” Amigo é tanta coisa que nem sei mais! Pobres ignorantes infelizes os que não têm amigos!
Ilton Soares
Professor universitário
Colaborador do Movimento Alternativo Goto Seco

* Este texto, aparentemente simplista e sem compromisso, convida o leitor a refletir sobre a amizade, principalmente em tempos de globalização da cultura do supérfluo, de capitalismo selvagem, que incita uma competição que devora e destrói todos os bons sentimentos e princípios humanos.

* Texto publicado no Zine Independente Alternativo Goto Seco em julho de 2006.

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*****
***
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Vinho

Eu comprei aquele vinho
Para uma ocasião que eu julgava ser legal
Mas vieram as chuvas e trovoadas
E eu me perdi na tempestade
Passaram-se os dias
O sol brilhou outra vez
Voltei a mim e bati a porta
Eu estava lá
Peguei o velho vinho
Num domingo sozinho
Toquei na vitrola antigas canções
Me embriaguei e então fui dormir
Me levantei na segunda feira
Sai pra vida
Na rua cumprimentei alguém
Era um novo dia.

Eliel Silva
(blogueiro e poeta maldito)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

No Dia do Amigo...

Cazuza e Lobão, Pinky Wainer e José Simão, 
Sócrates e Xico Sá e Carlito Maia e Eduardo Suplicy: 
amizades inesquecíveis
Fotos: Arquivo pessoal

Mensagens interessantes: 

* O escritor e jornalista Xico Sá mandou um recado para Sócrates: “Magrão, meu amigo, meu irmão. Grande companheiro de jornadas diurnas e principalmente noturnas. Agora só falta me ensinar a jogar com o calcanhar. Dia do amigo é todo dia, um beijo a mais nesta data”.

A artista plástica Pinky Wainer homenageou o jornalista José Simão: “Simaozinho querido, eu adorooo você <3 <3 <3”.

* O senador Eduardo Suplicy relembrou o publicitário Carlito Maia: “Querido Carlito, embora no céu, você está sempre presente na minha vida. A cada dia me lembro das suas recomendações e da extraordinária força que você me deu em todas as ocasiões difíceis". O senador ainda finaliza lindamente: “Uma das melhores coisas da vida é você gostar muito de uma pessoa e essa pessoa gostar muito de você”.

* O cantor Lobão escolheu Cazuza para mandar um recado: “Cazuza, querido, você não ia acreditar! Tá muito pior agora! Saudades”.


Do blog: Nesse dia do amigo, um recadinho menos "lobástico" para nossos leitores: vocês são a razão de estarmos aqui, postando matérias, contando histórias, se emocionando, criticando as vezes, e noutras sendo também bombardeados. É a vida. Mas nada se compara a uma boa amizade. Feliz dia do amigo para todos!

Lançamento

LENO LANÇA DVD EM NATAL


O cantor e compositor Leno Azevedo em Memórias Capitais pelo Itaú Cultura, lança DVD, dia 21/07, no TAM

O músico, cantor e compositor Leno foi escolhido pelo Itaú Cultural, para representar Natal/Rn, no projeto Memórias Capitais , onde uma personalidade da cultura de cada capital do Brasil é convidada para dar depoimentos pessoais e afetivos sobre a sua cidade .

Uma equipe de São Paulo dirigida por Matthieu Rogé já esteve em Natal semana passada, especialmente para gravar os depoimentos de Leno, que sairão em livro com luxuosa encadernação fotográfica , Cd e no Site do Banco Itaú Cultural . Entre os pontos escolhidos por Leno estiveram o Forte dos Reis Magos, onde nossa cidade começou , e é claro , a residência do Mestre Câmara Cascudo , cuja obra é profundamente conhecida e reverenciada por Leno , um apaixonado por livros .Leno estará lançando seu Dvd dia 21-07 no Teatro Albert Maranhão às 20: 00.
Pontos: Ótica New Vision do Midway, e Rio Center do Natal Shopping e da Prudente de Moraes.

Preço 40,00 e meia para estudantes.

Postado por Vivi Viana 
Fonte: VIVICULTURA
http://vivicultura.blogspot.com/2011/07/leno-lanca-cd-em-natal.html

LENO (foto de Eliel Silva)

Nota do blog: Ceará Mirim estava representada na gravação desse DVD que aconteceu no Centro de Convenções em Natal. Eu, Edvaldo Morais e o Erivan Lima (Seixas), nos juntamos ao coro daqueles que cantaram com o Leno aquelas belas canções do tempo da Jovem Guarda. Em e-mail enviado para o professor Edvaldo, Leno confirma a nossa aparição no DVD. Que bom, assim a gente também fica registrado pra sempre, e num momento tão bom como esse. Quando na gravação, postei matéria aqui no blog com o título "Devolva-me... (as minhas emoções)."