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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

sábado, 30 de junho de 2012

Boa intenção



Poema para Bob, o novo cão
  
Oi, Bob!
O mais novo cão
Bob de Bel
Bob de Israel
Bob que caiu do céu
Em meio a esse escarcéu

Que você traga paz
Traga harmonia
Pra essa casa verde e branca
Às vezes, blues

Bob, novo guardião
Das alegrias tardias
Das flores novas
Das portas e janelas

E que elas fiquem sempre abertas
Para entrar a luz
Para entrar a paz
E quem sabe um novo amor
Que se for de verdade
Bob, não o retenhas
Dê aquela força pra patroa
Então você vai latir
E balançar o rabinho
De tão contente
Quando alguém chegar
E lhe agradar
Com cara de dono desse mundo cão
Ou da vida de alguém

Bob, não se assanhe,
Não abocanhe
Seja você
Não queira ser gente
Pois gente é coisa que dói demais
Pega o teu osso, a tua ração
Corre na grama, vive tua vida
Só diz pras minhas crianças
Que eu as quero sempre assim
Com a pureza de um menino
E que as amo demais.

Eliel Silva - junho/2012

Foto: Bel Silva

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Help!

"(Help!) I need somebody 
(Help!) Not just anybody 
(Help!) You know I need someone..."
 


Com dívidas e falta de público, museu dos Beatles em Hamburgo fecha neste sábado

Mariana Tramontina

"Ajude-me, se você puder, estou me sentindo para baixo". Os versos de "Help!", lançada em 1965 pelos Beatles, hoje ecoam pelos cinco andares do museu Beatlemania, na cidade alemã de Hamburgo, onde a banda começou a fazer história. Desde o início de junho, os 25 funcionários do prédio tentam uma revolução no currículo da casa: evitar que as portas se fechem. O desfecho de um dos mais interessantes museus sobre o Fab Four, porém, já tem data e encerrará suas atividades neste próximo sábado (30) por falta de interesse do público e de apoio.
Aberto em 29 de maio de 2009, o museu sob gestão privada traça a história dos Beatles desde sua primeira aparição no clube Indra até sua dissolução, em 1970. São mais de mil itens de memorabilia espalhados por 1.300 metros quadrados. "Apesar do retorno positivo dos nossos visitantes, temos de reconhecer que o interesse nos Beatles em Hamburgo não é tão grande quanto esperávamos", disse o gerente do museu, Folkert Koopmans, ao jornal local "Hamburger Abendblatt".
Em três anos de existência, o Beatlemania atraiu apenas 150 mil visitantes. Por outro lado, em Liverpool, cidade natal da banda, o museu Beatles Story recebe cerca de 300 mil pessoas anualmente, segundo dados da casa. "Hamburgo não fez dos Beatles um assunto seu e não nos apoiou", criticou Koopmans ao mesmo jornal, revelando que o prejuízo anual chega a 500 mil euros, de um investimento inicial de 2,5 milhões de euros.


Fonte: UOL Entretenimento – Música

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bandeira branca


“Só depois de muito tempo fui entender aquele homem
eu queria ouvir muito mas ele me disse pouco
Quando se sabe ouvir não precisam muitas palavras
Muito tempo eu levei pra entender que nada sei...”
(“Dias de Luta” – Scandurra)



Nasi faz as pazes com irmão e recupera os direitos sobre a marca IRA!

Por Gustavo Morais

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o cantor Nasi, ex-vocalista da banda IRA!, e Airton Valadão Junior, seu irmão e ex-empresário, retomaram a amizade após cinco anos afastados.
Ainda de acordo com a publicação, os irmãos dão por encerrados os processos que um movia contra o outro. “Espero começar a próxima semana sem mais nada disso”, desabafou Júnior.  O empresário mantinha sob seu controle da marca IRA!, que passará para Nasi. “Se alguém algum dia tiver que decidir quando voltar a usar o nome, tem que ser eu ou Edgard (Scandurra fundador da banda)”, afirmou Nasi.
Nasi deixou o IRA! em setembro de 2007. Na ocasião, o músico alegou que Airton chegou a ameaçá-lo com uma faca. A tentativa de agressão teria acontecido porque o artista pediu as prestações de contas de todos os shows da banda desde 2004, quando lançaram o “Acústico MTV”, que rendeu uma turnê com mais de 200 shows.
Em sua página oficial no Facebook, o roqueiro deu sua versão a respeito de seu desligamento da banda. “O IRA! não acabou por causa da briga com o JR. A banda já estava morta por dentro há muito tempo. Acho que o JR quis manter a banda ligada à aparelhos. Eu quis desligá-los. Aguardem minha biografia (agosto/setembro) nela vou esclarecer muitas coisas que o público não sabe”, disse.

Fonte: cifraclubnews

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Da Paraíba

"Eu não me lembro se existe uma cidade
igual a Brejo do Cruz

Um lugarejo concebido, esquecido,
 terra cheia de luz
É no sopé de uma barreira de ouro e prata,
que me reluz..."

("Brejo do Cruz" - Zé Ramalho)



O bardo de Brejo do Cruz

Jotabê Medeiros

"Venus" é uma canção de 1969 do grupo holandês Shocking Blue que alcançou o número um nas paradas do mundo todo no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. É com uma citação instrumental de "Venus" que é aberta "A Noite Branca", a melhor faixa do novo disco de Zé Ramalho, "Sinais dos Tempos" (Avôhai Music). Em seguida, outra citação, dessa vez de Luiz Gonzaga ("É lampa, é lampa, é lampa, é lamparina é Lampião...").
O coquetel que gestou Zé Ramalho da Paraíba é conhecido: seitas apocalípticas, cantores de feira, Dylan, forró de pé de serra, alquimistas, Beatles, extraterrestres de Quixadá, Gonzagão, pregadores do fim do mundo. Foi assim que ele legou, em quase 50 anos de carreira, alguma da melhor música moderna nordestina, como "Chão de Giz" e "Vida de Gado". O bardo de Brejo do Cruz retorna agora com novo lote de canções inéditas, um pacote autoral. A produção é do seu parceiro siamês, Robertinho do Recife.
"Sinais dos Tempos" examina os 62 anos de vida de Zé na mesma via pela qual ele construiu sua carreira: a do misticismo e do delírio. "Tudo o que sonhei atravessa o cristal", ele canta, em Anúncio Final. Guitarras bluesísticas se unem à zabumba e sanfona e cogumelos de esterco se misturam à memória do LSD num álbum que inventaria a trajetória de um herói popular. Zé Ramalho está numa vibe meio nostálgica. "Lembre as escadas e os porões das ditaduras/Lembre as histórias/de paixões e de loucuras/De canções e aventuras/Que não voltam nunca mais." Até a fase negra, ele confessa, está em foco. As letras, um dos seus trunfos, estão irregulares: há achados memoráveis e há pisadas de bola. Mas é um novo lote de profecias do Zé. Não é de se perder.

ZÉ RAMALHO - "SINAIS DOS TEMPOS" - Avôhai Music - Preço: R$ 30. 

Fonte: TRIBUNA DO NORTE – Viver
Foto: Júnior Santos

sábado, 23 de junho de 2012

Mais que uma ilusão



Marisa Monte faz de show experiência elevada

ZECA CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Alguém já disse que saudade não é quando a gente sente falta de alguém, mas quando sente a sua presença", disse Marisa Monte ao fazer uma sincera homenagem à Cássia Eller, na estreia de seu novo show, na última quinta-feira em São Paulo.
Pois bem: por quase duas horas, ali mesmo no palco, a cantora fez então com que sua plateia sentisse muita saudade dela, na noite que anunciava com chuva e vento o inverno na cidade.
Que prazer ser aquecido por sua voz. Em menos de cinco minutos ali, Marisa mostrou mais uma vez que sua missão ao se apresentar ao vivo ultrapassa a simples reprodução de faixas de um disco de lançamento.
O que ela quer (e consegue) é elevar o patamar de um espetáculo, oferecer uma outra maneira de as pessoas (por uma sinestesia espontânea) verem e ouvirem suas canções, transformar um show em experiência elevada.
Olhando só a ficha técnica do show "Verdade uma Ilusão", um olhar mais cínico pode até achar a proposta arrogante para uma turnê que quer ser popular: convidar artistas plásticos para compor um visual para cada música?
Mas quando as imagens começam a se envolver com a música, quando olhos e ouvidos já conversam confortavelmente, e você nem pensa em pedir resgate pelo sequestro de seus sentidos, qualquer ideia de pretensão se desfaz.
Marisa Monte consegue isso antes mesmo de terminar a segunda música, "O que Você Quer Saber de Verdade".
Orquestrado pelo diretor de arte Batman Zavarese, o visual do show é irresistível --e quando, pela criação de Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander, uma imensa bolha de sabão desafia a atmosfera ao longo de "Ilusión" (um clássico desde a parceria com Julieta Venegas), sons e formas, na sua cabeça, são de fato uma coisa só, como se assim tivessem nascido e existido para sempre.
Difícil falar qual desses casamentos é o mais acertado. Os "4.000 Disparos" de Jonathas Andrade para "Não Vá Embora"? Os "Manuscritos" de Mana Bernardes para "E.C.T." (quando Marisa faz então seu tributo à Cássia)? O "Dream Sequence I" de Janaína Tschäpe em "Depois"?
Eu fico, talvez, com a estupenda imagem de duas pequenas árvores à deriva num barquinho, em "Ainda Bem", de Thiago Rocha Pitta. Por que "talvez"?
Porque não tenho muita certeza do que senti na noite de quinta. Marisa --acompanhada por músicos selecionados a dedo da Nação Zumbi, além de um superior quarteto de cordas-- mais uma vez confunde nossas emoções.
Os felizes no amor querem se sentir abandonados --apenas para cantar "Depois". Os corações solitários desejam estar com alguém para "Ainda Bem" virar verdade. E eu mesmo, que um dia escrevi, aqui mesmo nesta "Ilustrada", lá no idos dos anos 90, que queria "morar no país que Marisa Monte canta", já não estou mais seguro de onde desejo realmente viver. Mas sei que é desse lugar, de onde sai sua voz e seu brilho, que eu quero sempre sentir saudade.

ZECA CAMARGO é jornalista e apresentador do "Fantástico" (TV Globo)

Fonte: Folha de São Paulo - Ilustrada

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Bom de todo jeito


Arnaldo Antunes revisita 30 anos de carreira com "Acústico" e confirma shows com Titãs

Em 2012, o cantor e compositor paulistano Arnaldo Antunes completa 30 anos de carreira, iniciada nos Titãs, e quer comemorar tocando com sua ex- banda. Em entrevista ao UOL, ele confirmou que a reunião acontece no segundo semestre.
"Vai ser uma grande oportunidade de matar saudades", diz. "Quando saí  dos Titãs, senti que foi um recomeço da minha carreira, aos poucos fui conquistando um público próprio, mas eles sempre serão representativos.”
Enquanto o grupo de rock tem excursionado apresentando o clássico "Cabeça Dinossauro", Antunes acaba de lançar seu "Acústico MTV". Com produção de Liminha, o álbum promove um passeio pelo repertório do cantor. Ele descreve o processo de escolha das 22 canções do projeto como "lento". "Tive o cuidado em criar uma síntese, quis passar por momentos distintos, por isso tem Titãs, Tribalistas e músicas da carreira solo. Quis fazer uma releitura original”, diz o músicos sobre hits como "Comida", "Passe em Casa" e "Socorro".
Arnaldo aproveitou o projeto para "se dar a oportunidade" de cantar canções famosas nas vozes de outros artistas, mas que sempre gostou, como "Alma", composta por ele para Zélia Duncan e "Pop Zen", dos Lampirônicos.

Trabalhos ao vivo

O "Acústico" é o quarto trabalho do cantor no formato ao vivo. "Sempre gostei muito de fazer show, sinto que é uma comunicação direta com o público. Acho que os discos ao vivo são diferentes por terem essa vibração. Fiz o 'Go Back' com os Titãs e depois demorei para voltar ao formato, não por falta de desejo", conta.
Para o músico, um disco ao vivo não é diferente dos demais que compõem uma discografia, mas garantiu que evita o simples "show gravado". "Gosto de criar situações originais, de procurar saídas diferentes para o registro", diz ele, que desta vez canta em um cenário que imita um circo.
Aos 52 anos, Arnaldo garante que continua de olho nas novidades musicais. "Eu ouço música em todas as ocasiões, gosto de ouvir quando estou cozinhando. Agora comprei um vitrola e tenho escutado vinis. Gosto de ver o que está acontecendo, o que me apresentam. Troco muito com os meus filhos", conta ele, que vê em Marcelo Janeci um dos grandes nomes do atual cenário da música brasileira.
"O Jeneci é um grande músico, toca comigo há algum tempo, também compomos juntos quando estamos na estrada. Acho o CD dele um trabalho lindo”, elogia Arnaldo que, além de Jeneci, conta com Betão Aguiar, Chico Salem, Curumin e Edgar Scandurra na banda que o acompanha na turnê do "Acústico MTV", que passa neste final de semana pelo Circo Voador, no Rio.
No segundo semestre de 2012, Arnaldo planeja a reedição do livro "40 Escritos" e também o lançamento de "Outros 40 Escritos", uma espécie de continuação do primeiro. "São comentários meus sobre o trabalho de outras pessoas."
Fonte: UOL Entretenimento Música

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Os sonhos não envelhecem



Clube da Esquina: uma história de acordes e amizade 

A música brasileira comemora os 40 anos de lançamento do disco “Clube da Esquina”. O álbum é um ‘divisor de águas’ na cultura nacional e por isso, o Cifra Club News não poderia deixar de prestar uma homenagem.O movimento conhecido como “Clube da Esquina” nasceu da impossibilidade financeira que impedia alguns jovens de Belo Horizonte de frequentarem os bailes e festas dançantes dos clubes da época. Assim, esses personagens se encontravam no cruzamento das Ruas Divinópolis com Paraisópolis, do tradicional Bairro Santa Tereza, na capital mineira. Ali, conversavam, cantavam, tocavam e dividiam suas descobertas e anseios de vida. Era o momento de ápice da Ditadura Militar e não foram poucas as vezes que a repressão das autoridades impediu as reuniões. Não era apenas uma esquina! Era o encontro de muitas vontades, referências, sonhos em comum que se solidificaram naquele mítico disco duplo, lançado em 1972.

 
Link para matéria completa: http://www.cifraclubnews.com.br/especiais/33790-clube-da-esquina-uma-historia-de-acordes-e-amizade.html  
Fonte: cifraclubnews

terça-feira, 19 de junho de 2012

Decisão de mestre

Phil Collins abandona a música para cuidar dos filhos e da saúde

Por Gustavo Morais       

O músico Phil Collins fez uma revelação triste para os apreciadores da boa música, pois, em entrevista à revista Rolling Stone, ele confirmou seu afastamento das atividades artísticas. Segundo Phil, os danos nos nervos de suas mãos e a perda auditiva são motivos suficientes para ‘pendurar as baquetas’.
“Eu não posso tocar como antes e não quero ir lá e fazer um show ‘meia-boca’. Não quero ser uma sombra do que eu era“, disse o ex-baterista do Genesis. “Eu não garanto se tocarei ou escreverei mais músicas. Eu meio que coloquei esse lado da minha vida em espera, principalmente, porque sei que ganhei esta oportunidade para ficar sem fazer nada”, acrescentou. Phil também comentou que sua prioridade na vida é passar mais tempo com seus filhos e aproveitar o seu tempo como pai.
Com a decisão de Collins e as constantes recusas de Peter Gabriel, uma reunião da formação clássica do Genesis passa a ser algo ainda mais distante.

Fonte: cifraclubnews

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Revival



Em CD de regravações, John Fogerty recebe Dawes, Foo Fighters e outros


O próximo álbum do roqueiro John Fogerty promete alegrar aos fãs de sua ex-banda, o Creedende Clearwater Revival. De acordo com o site Ultimate Classic Rock, Fogerty receberá convidados, ‘pra lá’ de ilustres, em um disco que revistará a obra do Credence. O trabalho se chamará “Wrote a Song For Everyone” e será lançado em 9 de outubro.
Ao longo de 10 canções, Fogerty fará duetos com nomes consagrados de várias gerações da música country e também do rock and roll. O vetarano Bob Seger, por exemplo, dará o ‘ar de sua graça’ na folclórica “Who’ll Stop the Rain”. Já a clássica “Fortunate Son”, hino dedicado aos amantes das motocicletas, poderá ficar ainda mais ‘pauleira’ com a participação do Foo Fighters.

Veja a tracklist abaixo:
1 – “Proud Mary” (com Jennifer Hudson)
2 – “Born On The Bayou” (com Kid Rock)
3 – “Fortunate Son” (com o Foo Fighters)
4 – “Long as I Can See the Light” (com My Morning Jacket)
5 – “Have You Ever Seen the Rain” (com Alan Jackson)
6 – “Who’ll Stop the Rain” (com Bob Seger)
7 – “Hot Rod Heart” (com Brad Paisley)
8 – “Wrote a Song for Everyone” (com Miranda Lambert)
9 – “Almost Saturday Night” (com Keith Urban)
10 –”Someday Never Comes” (com Dawes)

Fonte:cifraclubnews

terça-feira, 12 de junho de 2012

♥♥

“Amor vou lhe dar e é tão sincero
Que você amor espero
Não vai querer me deixar
E quando no fim da estrada
Minha amada
O inverno tristonho chegar
Mais amor eu vou ter pra lhe dar
Faça dos meus braços o seu ninho
Tenho amor, muito carinho
E estou a lhe ofertar
E quando no fim da estrada
Minha amada
O inverno tristonho chegar
Mais amor eu vou ter pra lhe dar
Faça dos meus braços o seu ninho
Tenho amor, muito carinho
E estou a lhe ofertar.”
("Com Muito Amor e Carinho"
- Eduardo Araújo / Chil Deberto)


NAMORADOS, NAMOREM!

Paulo Roberto França

Sou do tempo em que simplicidade de um namoro estava num pegar de mãos após jogar dama com a amada. Sou do tempo do amasso no portão, da dança lenta e beijante da festa do detalhes, da serenata depois de um porre, errando a casa da pretendida. Sou do tempo até da tentativa de renovar um namoro mandando bouquet de rosas e a decepção do silencio. Passei muito tempo duvidando do poder das flores. Passa o tempo, mas o namoro nunca sai de moda. Não sei como esta galera consegue no primeiro encontro ir pro motel e só no dia seguinte perguntar o nome do outro via sms. Não, não derrotem o namoro. Nele está a pureza do abraço, do beijo, do bate papo, do romantismo. Queira a sorte de um amor tranqüilo com sabor de fruta mordida, como cantava Cazuza, mas quando não acertar, faça como o próprio Barão Vermelho, que se dizia sempre romântico e esperançoso de encontrar um novo amor na próxima esquina. Sou desses tempos, porém se agora eles são outros, não desanime, caro leitor, vem o avanço da idade, filhos, stress, tpms delas, aporrinhações de todas as formas, mas não esmoreça do namoro. Procure-o nas flores, nas músicas, nas velas, na cama como se fosse a primeira vez, num simples jantar, num café da manhã servido no leito, a base de biscoitos finos, geléia de damasco e chá, mas não cometa a loucura do descaso, deixando a impressão no parceiro que o sonho acabou, porque se acabou, tchau, tchau. Não adianta nem tentar, salvo se o erro for reparado e vier a indescritível sensação do recomeço, cheio de perdões, choros, abraços e juras eternas, porque ele, o namoro, tende a ser sempre dos vencedores, dos que relevam, dos que cedem, dos delicados, dos que querem compreender e viver o seu auge que é o amor. Reinvente o namoro. Se noivo, namore ainda, se casado, namore muito mais. Viva o amor!
Imagem: Internet