“Por muito tempo eu sentia vergonha
das coisas que eu sinto
E disfarçando, escrevia difícil
só pra complicar
Quando a flor é uma flor e não tem
outro jeito da gente dizer,
Pra que mentir, se eu sei, eu sei que...”
(Eu Quero Mesmo – Raul Seixas / Claudio Roberto)
das coisas que eu sinto
E disfarçando, escrevia difícil
só pra complicar
Quando a flor é uma flor e não tem
outro jeito da gente dizer,
Pra que mentir, se eu sei, eu sei que...”
(Eu Quero Mesmo – Raul Seixas / Claudio Roberto)
Fãs de Raul
Tributo a Raul Seixas
em Ceará-Mirim
em Ceará-Mirim
(Bastidores de uma doce “maluquez”)
Bem, foi dada a largada naqueles primeiros anos de tributo a Raul desse que viria a ser um dos maiores eventos musicais da cidade. As dificuldades permaneciam (e permanecem até hoje), mas a diversão era muito boa, a homenagem muito justa. Então tínhamos mais era que insistir nessa empreitada, mesmo que forças contrárias teimassem em dizer não.
Erivan e Júnior, o cara da computação.
Nem mesmo com o braço desse jeito
o impedia de participar da festa
Numa época em que computador era artigo de luxo, e mais, quem aqui nessa cidade tinha uma máquina dessa? Para identificar as obras do cantor expostas com tanto prazer pelo colecionador Erivan Lima, recorremos a um amigo que na época trabalhava na Usina São Francisco e lá mexia com computador. Assim, por vários anos Júnior Batista criou a arte daquelas letras, que eram impressas numa impressora matricial, de onde saia aquela tira de papel que depois a gente recortava para organizar a exposição.
O pequeno Bruno (que mais tarde criaria
sua banda pra tocar no tributo),
com seus pais: Erinho e Edna
Diz uma canção do Ednardo: “mas como é triste essa nossa vida de artista”, de certa forma é mesmo. Além dos tropeços do caminho, a falta de recursos para a realização da festa, não é que a gente as vezes esbarrava em problemas internos na banda! Foi assim que naquele 5º Tributo aconteceu um impasse: dois músicos não se batiam e um quis desistir de se apresentar, ou pelo menos não subiria no palco com a presença do outro. Houve várias tentativas de negociação, mas veio o veredicto: apresentações em separado. No mesmo palco nem pensar.
Luciano Morais, Eliel, João Maria,
Erivan e Alexandre Lacerda
Vejam que ironia: naquele ano não teve palco! Mas e ai, não houve a festa? Claro. Mas por coincidência, e para provar que evento de rock por aqui não dava as cartas, naquela mesma data fora marcada uma outra festa no clube, à noite. Uma festa da Usina São Francisco. Como conciliar os dois eventos? O jeito foi a gente tocar no salão de dança. O palco ficou livre para que, quando o equipamento de som chegasse, não tivesse problema para arrumar. Esse tributo foi marcado pelo improviso, porém, não faltou qualidade. Foi quase acústico, contando com as participações de dois dos melhores músicos, já naquela época, da nossa cidade: Alexandre Lacerda (viola de 12 cordas) e João Maria Varela (violão). Na bateria já contamos com a presença do Luciano Morais. De improviso a improviso, lembro desse magricela que ora escreve essas memórias cantar Avohai, do Zé Ramalho, e Alexandre e João simplesmente arrasando nos arranjos.
Lisboa (sebista de Natal, grande incentivador
e colaborador do evento), Erivan e Eliel
Desde os primeiros anos contamos com vários amigos da capital que, até bem mais que o público daqui, apreciavam o evento e nos davam aquela força. E até o 5º Tributo arrecadava-se algum trocado entre os fãs em troca de algum souvenir para ajudar nas despesas da festa. No próximo sábado falarei do surgimento de algumas bandas a partir desse tributo a Raul Seixas. A gente se encontra...
Créditos:
Texto: Eliel Silva
Fotos: Acervo de Erivan Lima
Créditos:
Texto: Eliel Silva
Fotos: Acervo de Erivan Lima
2 comentários:
Caro Eliel, tá muito massa essa retrospectiva do Tributo a Raul.
A forma alternativa do evento é mais um fator de admiração.
Parabéns a vc, ao Erinho e a todos que fazem essa história.
Muito bem amigão continuarei acompanhando, tá muito legal. Um grande abraço, do seu amigo Bombeirinho(Ozair).
Postar um comentário