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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

sábado, 31 de agosto de 2013

Quando setembro vier

Em tempos idos, num sábado como o de hoje, à noite, no Centro Esportivo e Cultural de Ceará-Mirim (RN), acontecia a tradicional festa "Quando setembro vier". E a música de abertura era essa:
 

Sol de Primavera
(Beto Guedes e Ronaldo Bastos)

Quando entrar setembro

E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez...

Já sonhamos juntos

Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar...


Já choramos muito

Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer...

Sol de primavera

Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
Aprender...



O tempo passou, muita coisa mudou, mas ainda bem que esse "sol de primavera" permanece em muitos corações que viveram aqueles "velhos tempos", aqueles "belos dias". 
Imagem: Internet

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Seguindo em frente


“O sol é tão bonito...
Eu vou.”
Caetano Veloso
 
 Se “eles” deixarem

Pois é. E apesar do furdúncio que ronda os nossos dias, não digo que já vejo uma luz no fim do túnel, vou mais além, já alcancei essa luz. Já desfruto dessa claridade. Mas isso me foi conquistado à custo de muita batalha pessoal. Muitas vezes era eu lutando com o meu próprio eu. E eu fiz o que pude para não me distanciar tanto de mim mesmo. Lutei para não perder a essência do meu ser que, a bem da verdade, tem incomodado muita gente ao meu redor. Mas o que se há de fazer? Eu não queria me perder no meio do caminho, buscando um proceder que não condiz com a minha personalidade. Não vendi a alma ao diabo. Com essa minha costumeira teimosia, não seria um bom negócio para ele. E estou aqui. Aí, alguém pode ate se perguntar: e quem é esse cara, tão pretensioso?  O que ele acha que é? Sou gente. E para o seu governo, gente de bem. E se “eles” deixarem, e é o que eu espero agora, se respeitarem os meus quereres, pretendo seguir adiante, desfrutando dessa minha conquista. Arrisco até a citar uma frase celebre do Caetano: “tudo é divino, tudo é maravilhoso”. “Por força desse destino”, não fui tão longe, é verdade, mas já me sinto bem onde estou. E às vezes me pego cantando uma canção da Rô Rô: “a vida é bela, só nos resta viver.”

Eliel Silva/agosto.2013
Imagem: Internet

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

E a luta continua...



“Eu enfrentei a tudo
e de pé firme continuei
E fiz tudo do meu jeito.”
Paul Anka

O bom de ser assim

 O lado bom de ser assim, desligado de certas coisas, determinadas convenções, é que a gente vive, vive... e até morre um dia (claro!), mas sempre em paz. Eu já fui muito de engolir sapinhos (e até sapões), já fui muito de achar que nesse filme louco, todos ao meu redor faziam papel de artista e somente eu era o bandido. Não havia chance nenhuma para mim. Isso sem falar naqueles sermões que me passavam e eu, na minha inocência cega, tinha mesmo que engolir. Mas eu estava sempre esperando deles mais ações e menos palavras. Não foi o que eu vi nesses meus 50 anos. Pois sim, e agora, meio século depois, sem saco para tanto bla bla bla, assumi o meu papel secundário e assim vou tentar levar até o fim da fita. Nesse tempo todo, e hoje eu até sorrio de tudo que passou, fui pressionado às pampas (até hoje sou) para mudar o meu jeito. Resisti. Só agora, e por livre e espontânea vontade, e não por pressão, estou encarando “o meu novo way of life”. E ta bom assim. Não entreguei os pontos e não vou entregar agora. Agora é deixar correr esse tempo que me resta. Não tenho pressa de nada. Mas ainda me resta a esperança, muito embora eu já nem sei bem de que. Para os que correm, se agridem, se matam, eu os vejo como protagonistas de um filme enfadonho, e que a gente já sabe como vai findar. Com olhos de pesar, ainda me encontro obrigado a ver essa fita rolar.

Eliel Silva/agosto.2013
Imagem: Internet

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O luar

"O luar
Do luar não há mais nada a dizer
A não ser
Que a gente precisa ver o luar."
Gilberto Gil


Sempre... Nessas luas de agosto

Antigamente, por pura superstição, eu morria de medo quando chegava o mês de agosto. Talvez porque eu ficava contabilizando todas aquelas despedidas ocorridas nesse mês. Raul, Gonzagão, Elvis, Getúlio e tanta gente mais. A minha avó Mariinha também se foi nesse mês. Ela faz parte dessa estatística. E depois tinha aquela máxima: agosto - mês do desgosto. Aquilo me roía desde o final de julho. Eu ainda bem criança e ouvia dizer que agosto era o mês das cobras, dos cachorros correrem loucos (ainda bem que apareceu a vacina). Lembro de ter vivido uma sexta-feira 13 num agosto da vida. Eu tinha um receio danado desse mês. Mas com o passar do tempo, e com a idade avançando e quebrando regras (na marra), encarando as coisas e destruindo mitos, fui ficando mais sereno nesse aspecto. Hoje eu encaro em paz todos esses dias desse mês tão místico. Claro, torço para que tudo corra bem, faço uma figazinha e rezo sempre. E assim eu vou curtindo e contemplando, a cada noite, essas luas de agosto que espalham um brilho intenso (porém, suave) por esse nosso chão de tantas estrelas.

Eliel Silva/agosto.2013

Imagem: Internet

terça-feira, 20 de agosto de 2013

De leve

"Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é..."
Skank



Sem compromisso

Outro dia, conversando mais uma vez com a minha amiga Zi, num desses raros encontros que temos pela rua, lhe falei de estar voltando a escrever as minhas cronicazinhas. Miudinhas, carcomidas, mas tão minhas. Pedi que desse uma olhada, o que eu acho que ela fez, apesar de não deixar nenhum comentário. Poxa, Zi! Será que nada lhe interessou? Você que outras vezes participou desse blog com as suas visitas, seus comentários... É certo que passei um longo período na geleira. Até falamos sobre isso em nosso curto papo. Ele me disse uma coisa muito certa. É que a partir do momento que a coisa, nesse caso, o fato de escrever, passa a ser um compromisso, uma obrigação, torna-se muito desgastante. E eu não gosto de nada feito por imposição. Não gosto de ser cobrado constantemente. Sou de deixar a coisa fluir naturalmente. Em todo caso, vou continuar tentando escrever meus pequenos textos, do meu jeito, sem erudição e com a maior liberdade e naturalidade. Não sei fazer diferente, não sei fazer melhor. E fico aguardando um sinal da amiga Zi.

Eliel Silva/agosto.2013
Imagem: Internet

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Anseio



 “Estou sereno nem sinal de dor
Vou me deitar com esta cidade.”
Márcio Proença  /  Marcos Lima


O país do sono

Alguém saberia me dizer onde fica mesmo esse país, onde todos dormem e não são incomodados?! Quero pegar o primeiro vôo e ir para lá. Estou cansado do barulho, da fumaça nos olhos, das conversas enfadonhas. Agora eu só queria dormir o sono dos justos. Deitar a minha cabeça no travesseiro e não ter pesadelos. Quero aquele sono que nos restaura o corpo e a alma, que nos alivia o cansaço, que nos deixa longe dessa realidade que incomoda tanto. Quero dormir sem hora certa pra despertar. Acordar as vezes pode nos trazer de volta velhos compromissos, antigos problemas. E eu já não quero mais saber de nada disso. Quero sossego apenas.

Eliel Silva/agosto.2013
Imagem: Internet