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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Nas ondas do rádio

"Você me sintoniza
e a gente então se liga
nessa estação."
(Sintonia - Moraes Moreira)

Adriano, Eliel e Simone

Emoções que se renovam


Tem sido assim desde que voltei ao estúdio da 87 FM, substituindo temporariamente o amigo Edvaldo Morais, titular do programa dominical Jovem Guarda Especial. Sinceramente, “são tantas emoções” que se renovam a cada programa. Nesse último domingo, por exemplo, dividi a apresentação do programa com o Adriano Israel, ele substituindo o Paulo Costa que se encontrava na capital, num encontro da Pascom. E assim fomos conduzindo o JGE, tocando aquelas canções que aguçam as lembranças e mexem com as emoções dos ouvintes. Além do mais, recebemos no estúdio alguns visitantes ilustres. Eduardo Demétrius, grande desportista da nossa cidade e que, nos idos de 60 e 70 participou de grupos musicais e cantou muitas dessas canções que hoje revivemos no programa, ele que se declarou um ouvinte assíduo do Jovem Guarda Especial. Etevaldo Alves, grande comunicador que já passou por aquela emissora e sempre está nos brindando com a sua presença, onde procura mostrar suas conquistas no tocante a reivindicações feitas por ele para a melhoria da nossa terra. Por fim, a minha sobrinha, a baianíssima Simone, também apareceu para dar um abraço no tio, já que estava de partida para a terra de São Salvador. Por tudo isso cada vez mais a gente vai criando gosto pela coisa e vai ficando, modéstia a parte, para o bem dos nossos ouvintes e felicidade geral dos amantes da boa música. Brevemente a velha dupla (Edvaldo Morais e Eliel Silva) estará novamente conduzindo esse programa que hoje sabemos faz um grande bem a muita gente. Queira Deus que seja sempre assim!

Eliel, Simone, Etevaldo e Waldeck
Lembrete: Você que não reside em Ceará-Mirim também poderá ouvir o Jovem Guarda Especial, todos os domingos, das 8 às 10 horas da manhã, acessando o blog Retratos e Canções e clicando no link que ficará no lado direito do vídeo. Isso está sendo possível graças ao trabalho do Adriano Israel e do Edvaldo Morais. Se ligue nesse som!

Créditos:
Texto: R&C
Foto 1: Waldeck Moura
Foto 2: Adriano Israel

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poesia protesto


Peito Esfumaçado

Queima, joga no meu peito
Joga, nada te impede...
A impunidade é tua amiga
A omissão é tua cumplice...

Vem, queima que já é comum
Ninguém mais se importa
Autoridades não moram aqui
Não vêem o nosso drama.

Queima que ninguém reclama
Isso não aconteceu, é fantasia
É criminoso? É proposital?
Não importa.

Também não importa minha saúde
Meu sossego então,...basta...
Queima, mas queima tudo de uma vez
Pra vê se mata, só assim alguém aparece.

Aparece pra apanhar as cinzas
Cinzas daquilo que chamam cidade
Cidade que vira pó(novamente)
A Cidade dos cinzas canaviais.
Ceagá

(Em homenagem as "lindas" queimadas que "alegram" os moradores da cidade dos verdes(ou seria cinza?) canaviais. (Goto Seco)

Nota do blog: Caríssimo professor Carlos Henrique, mesmo a sua poesia já tendo sido publicada em um dos blogs mais acessados da nossa cidade, o que torna talvez desnecessária a sua publicação também aqui no R & C, pra coisa não ficar repetitiva, ainda assim resolvi fazer a nossa parte. Agradeço a confiança e consideração depositadas ao R & C e me ponho à disposição para manifestações dessa natureza. Apenas deixei para publicar o seu poema somente nessa segunda-feira por acreditar que tudo na vida tem o seu tempo, o seu momento. Não acho que cheguei atrasado, mas, na hora certa. É uma pena ver em nossa cidade acontecerem coisas desagradáveis com uma certa frequência e tudo parecendo caminhar impunemente. Enquanto isso alguns falsos moralistas se apoderam da fragilidade de alguns sonhadores (e sobreviventes) para lhes roubar os sonhos. Deixa estar, um dia eles sucumbirão. (R&C)
Foto: R&C

domingo, 28 de novembro de 2010

Sem criar musgo

“Quando eu estou andando ao redor do mundo
E eu estou fazendo isso e assinando aquilo
E eu estou tentando transar com uma garota
Que me diz baby, melhor voltar mais tarde
na próxima semana
Porque você vê que eu estou perdendo a minha marca.”
(I Can't Get No) Satisfaction - Keith Richards / Mick Jagger

Filme raro dos Rolling Stones, de 1972, é relançado após restauração
Da Redação

Trinta e seis anos depois de ser lançado, o filme "Ladies & Gentlemen... The Rolling Stones" foi autorizado por Mick Jagger e banda a ser reeditado, e chega agora às lojas brasileiras. O longa-metragem, em formato DVD e Blu-Ray, foi dirigido por Rollin Binzer e filmado em Forth Worth, no Texas, em 1972, com imagens da turnê norte-americana de "Exile On Main Street".
O filme teve sua estréia oficial no dia 15 de abril de 1974, no Ziegfield Theatre de Nova York, e passou por um circuito de salas especiais nos Estados Unidos. Depois dessa temporada, o longa foi recolhido e jamais lançado outra vez, tornando-se um item de colecionador.
A nova edição de "Ladies & Gentlemen... The Rolling Stones", lançada pela ST2 e Eagle Vision, foi digitalizada e restaurada a partir da película original em 35 mm, e teve o áudio inteiramente remasterizado através das fitas originais, com a supervisão de Mick Jagger e Keith Richards. O lançamento segue a trilha aberta com o documentário "Stones in Exile", que apresenta os bastidores e as gravações do álbum "Exile On Main Street".
Na época, os Stones eram Mick Jagger (vocais), Keith Richards (guitarra), Charlie Watts (bateria), Bill Wyman (baixo), Mick Taylor (guitarra), além Bobby Keys (sax), Jim Price (trompete) e Nicky Hopkins (piano), como músicos de apoio.

Fonte: UOL – Música

sábado, 27 de novembro de 2010

Porque hoje é sábado


San Francisco
Scott McKenzie

Se você está indo para São Francisco
Certifique-se de usar algumas flores em seu cabelo
Se você está indo para São Francisco
Você encontrará algumas pessoas gentis lá

Para aqueles que vêm a São Francisco
O verão será repleto de amor
Nas ruas de São Francisco
Pessoas gentis com flores em seus cabelos

Por toda a nação, como uma estranha vibração
Pessoas em movimento
Há toda uma geração com uma nova explicação
As pessoas em movimento, as pessoas em movimento

Para aqueles que vêm a São Francisco
Certifique-se de usar algumas flores em seu cabelo
Se você vier a São Francisco
O verão será repleto de amor

Se você vier a São Francisco
O verão será repleto de amor

Fotos: internet

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Doce trapalhão


Morto há 20 anos, trapalhão Zacarias terá memorial com figurino e perucas

SÉRGIO RIPARDO
enviado especial a Sete Lagoas (MG)

"Os Trapalhões" era o que o Brasil via na tela da Globo nas noites de domingo, nas décadas de 1970 e 1980, com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Eles dominavam também o cinema nos períodos de férias. Longe das câmeras, a trupe brigava muito principalmente por causa de dinheiro (seus salários eram diferentes). O programa conseguiu sobreviver até 1995, mas o começo do seu fim se esboçou em 1990, com a morte de Zacarias, de infecção pulmonar, aos 56 anos, no Rio.
Vinte anos depois, Sete Lagoas (cidade mineira a 70 km de Belo Horizonte), terra natal de Mauro Faccio Gonçalves (nome de batismo do trapalhão meio infantil e alvo de brincadeiras pelo jeito efeminado), decidiu lembrar seu filho ilustre com um projeto de memorial, que vai reunir peças do figurino usadas em filmes, documentos como certidões de nascimento e de óbito, vídeos e até objetos pessoais como as perucas que o personagem usava.
"No próximo dia 9 de dezembro, a galeria Myralda, na Casa da Cultura, vai abrir uma exposição com acervo de Zacarias", diz Fredy Antoniozzi, secretário de cultura do município, à Livraria da Folha, durante a Literata, primeira festa literária da cidade. Atualmente, o centro cultural Casarão abriga, em uma salinha, o material da vida e carreira de Zacarias.
Antoniozzi afirma que, em 2011, o acervo deverá fazer parte de um memorial para o trapalhão, integrado a atividades de arte cênicas, como um festival de teatro.
"Ele era um multiartista. Desenhava, pintava, escrevia para o teatro. Era um agitador cultural da cidade, antes de ir estudar arquitetura em Belo Horizonte e ficar famoso na Globo", conta o secretário.

Anos 80

No almanaque dos anos 80 "Mofolândia", o leitor pode saber mais sobre a trupe que chegou a protagonizar mais de 40 filmes, entre eles recordistas de bilheteria do cinema nacional, como "Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão" (1977), "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978), "Os Saltibancos Trapalhões" (1981), "Os Trapalhões na Serra Pelada" (1882), "Os Vagabundos Trapalhões" (1982)", "O Casamento dos Trapalhões" (1988).
O livro conta que Zacarias entrou para o quarteto em 1977, descoberto por Renato Aragão, o Didi. Antes disso, em 1971, Didi, Dedé e Mussum (que morreu em 1994 numa cirurgia de transplante de coração) estrelavam "Os Insociáveis" na TV Record. Depois, mudaram para a TV Tupi com o nome de "Os Trapalhões".
Além de descrever os personagens do programa, "Mofolândia" também pinça curiosidades da carreira do grupo. Sob o título "mancadas politicamente incorretas", o almanaque lembra um tempo em que os humoristas não sofriam tanto policiamento em suas piadas.
Em "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas", um dos monstros aparecia sentado em uma pedra para fumar o maior cigarrão, num filme para crianças. Em "Os Vagabundos Trapalhões", Mussum vê um homem negro vestido de branco e pergunta se ele caiu em um copo de leite.
A importância do grupo para a história do cinema brasileiro e para gerações de brasileiros que riam desses palhaços de cara limpa é analisada no livro "Ô Psit! o Cinema Popular dos Trapalhões". Já "Os Adoráveis Trapalhões" traz tudo sobre a formação do grupo, os bastidores e o fim da trupe.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Faz de conta


LIVROS PRA QUEM NÃO SABE LER

Carlos Santos – Jornalista mossoroense


Como são estúpidos os parâmetros que o grosso da sociedade mossoroense tem adotado, para dimensionar sua ascensão social. Tudo baseado na superficialidade e babaquice do “parece ter”. Estamos medindo esse novo status nos prédios que sobem, nos milhares de carros que invadem ruas, avenidas e ocupam até calçadas. Naqueles que muitas vezes para subir, precisam descer aos subterrâneos.

Ontem eu tive mais um testemunho do atraso e da distância em que nos encontramos, da inversão de valores e confusão em que nos metemos, em nome do hipotético progresso. Fuçando livros em um sebo, seu proprietário me fez um relato que fica entre o bizarro e o jocoso. Vamos a ele. Há algum tempo, esse sebista foi procurado por uma “nova rica”, interessada em comprar “um metro de livro”. Isso mesmo. Não era um título específico, coleção ou tomo de encadernamento especial. Tinha que ser no metro, sim. Explico, reproduzindo o que ouvi: a deslumbrada precisava preencher um espaço em estante desenhada por sua arquiteta, sendo recomendada a colocar livros com a mesma dimensão estética. O espaço disponível pro “enfeite”? Um metro. Um metro de livros simetricamente alinhados. Mossoró, até o início do século passado, vivia a influência europeia do movimento conhecido como “art nouveau” – daí nascendo até a corruptela de sua área de prostituição, transformada em “Alto do Louvor”, décadas depois. Era uma cidade com requintes em roupas, moveis, arquitetura, mas também na cultura, desde o teatro ao hábito da leitura e música. Tínhamos cerca de 100 pianos. E as moças bem educadas tocavam. Eles não serviam apenas de ornamento na decoração. Falar francês era normal para os jovens de ótima extração. Muitos eram poliglotas. Os janotas transitavam sempre impecáveis e ser rico, em verdade, era transformar dinheiro em bem-estar e referência de conteúdo.Hoje testemunhamos a “Metrópole do Futuro” exultante com seu “crescimento” baseado em carrões pra exibição, TV de LCD e home-theater na sala do apartamento, gente mal-educada saracoteando ao som de “lapada na rachada” e enchendo sacolas com bugigangas de grife.

Os que se salvam dessa manada são tratados como estranhos e afetados, ou seja, anormais. Portanto não é por acaso que da atividade produtiva à política, estejamos “dominados” pela ignorância que mesmo rica, não reluz. É opaca ou furta-cor, mas certamente abobalhada e fútil. Empobrecemos, em verdade, porque na ânsia de ser diferente, a grande maioria é apenas mais um nessa multidão pasteurizada, uniforme, feita em escala industrial: modelo standard. Faz da aparência a sua essência, da borra cosmética a sua alma. Acredita que Paris é “a cidade luz” por ser muito iluminada; toma Old Parr com Coca-cola, mas preferia um legítimo “Odete”, por ser mais barato. A propósito, bota uma bicada de Serra Limpa aí, amigo. O sertão é aqui.


NOTA DO TIO – O texto, primoroso, me faz lembrar da ótima letra de Eu Também Vou Reclamar (Raul Seixas), com temática bem semelhante. E, coincidentemente, há um verso na canção que resume bem o que foi escrito acima: “Olho os livros / Na minha estante / Que nada dizem / De importante / Servem só prá quem / Não sabe ler”.

Fonte: Blog do Tio Colorau - http://www.tiocolorau.com.br/
Foto ilustrativa: internet

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ao pé do rádio

“Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade.”
(De Volta Pro Aconchego –
Dominguinhos / Nando Cordel)

No  estúdio da 87 FM: Eliel Silva, Nenén, Paulo Costa,
o músico Eidson e a cantora Sâmya Rafaela

De volta pro aconchego

Posso assegurar que foi essa a sensação que eu senti ao sentar, depois de algum tempo, diante dos microfones da 87 FM para apresentar o programa Jovem Guarda Especial em sua edição de nº 176, no último domingo, 21 de novembro. Auxiliado pelo Paulo Costa na técnica de som e também por sua namorada, Nenén, que gentilmente se dispôs a atender as ligações telefônicas, o programa transcorreu de forma bem natural, do jeito que eu gosto. Dando “aquela força” ao amigo Edvaldo Morais que se encontra bastante envolvido com a conclusão da sua monografia, me propus a apresentar o JGE por três domingos seguidos, sempre, claro, contando com a ajuda dos amigos e dos ouvintes. Por falar em ouvinte, a minha emoção foi muito grande ao sentir o carinho de tanta gente ligando e falando da felicidade do Eliel Silva estar de volta ao programa. Pois é, quem sabe a gente continue por lá. Vontade é o que não falta, só preciso talvez, somar a essa vontade um pouco de paciência. Nessa vida de artista é preciso ter muita. Carinho das pessoas a gente tem de sobra. Como diz o Raul Seixas: "Vamos avante super-heróis, vamos em frente com muita voz."

Créditos:
Texto: R&C
Foto: Waldeck Moura

terça-feira, 23 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Eu vou tirar você desse lugar

“Como já falou o sábio poeta Odair
Ouve aí:
Felicidade não existe, só momentos felizes
No mais são cruzes e crises.”
(Como Diria Odair – Zeca Baleiro)

Agora cult, Odair José grava álbum de inéditas e quer reconhecimento artístico



MARCUS PRETO

Não é de hoje que o valor da obra de Odair José, 61, vem sendo reavaliado. Quando, em 2006, o compositor foi homenageado com o tributo "Eu Vou Tirar Você Desse Lugar", em que artistas pop como Pato Fu, Paulo Miklos, Mundo Livre S/A e Mombojó regravaram suas canções, algumas pedras foram arrancadas do muro que o separa dos compositores "sérios" da MPB. Agora, o cantor prepara álbum de canções inéditas que pode contribuir com esse movimento agregador.
Previsto para chegar às lojas no primeiro trimestre de 2011, "Praça Tiradentes" está sendo produzido por Zeca Baleiro e vai contar com repertório composto especialmente para Odair por artistas como Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Chico César.
Baleiro conta que a lista de candidatos a emplacar uma música na voz de Odair era grande, mas a ideia é que o próprio compositor colocasse suas canções na roda.
"Ele achava que não gravaria mais discos, já tinha feito tudo", diz o produtor. "Isso por causa da demanda. Em shows, as pessoas querem ouvir aquelas mesmas músicas --tanto os velhos fãs quanto a nova geração que passou a acompanhá-lo."

 
"ADÚLTERO"

A nova geração a que Baleiro se refere vem dedicando atenção especial ao trabalho de Odair, sobretudo à safra dos 1970 --sucessos como "Vou Tirar Você Desse Lugar" e "Uma Lágrima".
Artistas mais jovens, como Marcelo Jeneci, Tatá Aeroplano (da banda Cérebro Eletrônico) e China, não desviam de colocar Odair entre as referências.
Mas é no trabalho da banda cearense Cidadão Instigado, liderada por Fernando Catatau, que ecos do velho Odair ressoam com resultado mais surpreendente.
"O que me interessa em Odair é a maneira simples e direta com que ele atinge as pessoas", diz Catatau. "É exatamente a mesma verdade que sinto quando ouço Raul Seixas, Black Sabbath."
O cantor Otto, outro dos admiradores de Odair, traça um paralelo entre o compositor goiano e outro, nascido em Cachoeiro de Itapemirim, com igual vocação popular.
"Odair e Roberto Carlos fizeram basicamente o mesmo caminho, mas em estradas paralelas", diz. "Roberto é para a família, para meu pai e minha mãe. Odair é para o cabaré, é para meu pai sozinho, para o homem adúltero. Ele é o verdadeiro rebelde."

DOCUMENTÁRIO

Odair detecta que o preconceito da elite brasileira em relação a seu trabalho começou a arrefecer em 2002, graças à publicação do livro "Eu Não Sou Cachorro, Não", de Paulo César de Araújo.
Ali, o autor defendia o caráter combativo dos artistas ditos "cafonas", Odair entre eles, durante a ditadura militar, nos anos 1970.
"A memória da MPB só investigou a repressão política e se esqueceu da repressão moral", diz Araújo. "O autoritarismo não se expressa apenas pelo governo militar. O quartinho da empregada e o elevador de serviço são contribuições brasileiras à arquitetura universal. E era isso que Odair denunciava."
Os direitos autorais de "Eu Não Sou Cachorro, Não" foram comprados pela cineasta Helena Tassara, que toca o projeto de um documentário. Na tela, a luta dos "cafonas" contra os militares (e o preconceito da própria esquerda) mudou de nome para, veja só, "Vou Tirar Você Desse Lugar". Odair é o destaque.
Hoje, Odair só pensa no disco novo. Esse sim, ele afirma, vai ser o último da longa carreira, que já dura 40 anos.
"Há dez anos, eu mesmo não defendia a qualidade do que fazia. Falaram tanto que meu trabalho era menor que eu acabei acreditando", diz. "Agora, estou vendo meu trabalho de forma mais respeitosa. Sei que minhas músicas vão durar muitos anos e sustentar meu filhos. Mesmo depois que eu morrer."

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/832731-agora-cult-odair-jose-grava-album-de-ineditas-e-quer-reconhecimento-artistico.shtml

domingo, 21 de novembro de 2010

Noite histórica

SP vive noite histórica com shows de Roberto Carlos, Paul McCartney e Lou Reed

Folhapress/AP/Folhapress


ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Imagine uma casa de apostas fazendo a seguinte pergunta: "Qual a chance de Paul McCartney, Lou Reed e Roberto Carlos se apresentarem no mesmo dia, na mesma cidade?". Nenhuma, certo? Errado. Por uma incrível coincidência, esses três ícones da música mundial se apresentam hoje à noite em São Paulo.
McCartney faz o primeiro de dois shows no estádio do Morumbi, dentro de sua Up and Coming Tour 2010.
Lou Reed toca pela segunda noite no Sesc Pinheiros num show barulhento e experimental inspirado em seu álbum "Metal Machine Music", de 1975.
Já Roberto Carlos se apresenta no Anhembi no show batizado de "Roberto Carlos Só para Elas" e, como o nome diz, é exclusivamente dedicado ao público feminino. Detalhe importante: todos os shows dos três artistas estão com ingressos esgotados. Pode-se dizer que nunca a cidade de São Paulo viu uma noite como essa.
Se os nostálgicos fãs dos Beatles vão lotar o Morumbi para cantar "Hey Jude" e "Let It Be", "indies" e modernosos em geral vão se acotovelar no Sesc para chegar bem perto de Lou Reed.
Enquanto isso, uma multidão de mulheres vai gritar e vibrar quando o Rei Roberto Carlos jogar as tradicionais flores na plateia.
Mas está enganado quem acha que os shows de hoje à noite são a única coincidência entre as trajetórias desses três. Na verdade, a vida e carreira desses ídolos apresentam várias semelhanças.
Para começar, são todos contemporâneos: menos de 15 meses separam o nascimento dos três. Roberto Carlos é o mais velho: nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES), em 19 de abril de 1941. Em 2 de março de 1942, em Nova York, nasceu Lou Reed e, em 18 de junho do mesmo ano, Paul McCartney nasceu em Liverpool.

Fonte: Folha.com - Ilustrada
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/833234-sp-vive-noite-historica-com-shows-de-roberto-carlos-paul-mccartney-e-lou-reed.shtml

sábado, 20 de novembro de 2010

Tomorrow

 "Tomara que eu nunca sinta falta da emoção
de estar perto de você."
(No More Lonely Nights - Paul McCartney)

Imagine, você ser ainda um menino e de repente descobre uma certa paixão pelo som de uma banda estrangeira. Isso num tempo em que nem se falava em internet. Então você vai crescendo (em todos os aspectos) e alimentando ainda mais essa paixão. Começa a colecionar tudo que diz respeito a esse grupo: discos, revistas, livros, fitas, vídeos... Seu acervo vai aumentando assim como essa paixão. São quatro rapazes (que agora já se tornaram homens feitos) de um país distante. Sonho de vê-los um dia? Impossível! É a primeira impressão que se tem. E o pior: você assiste aos poucos a vida desses seus heróis ser abreviada. Primeiro foi John e depois George. E aquele sonho que já parecia não existir será que acabou de vez? Não e não. Ainda restam Ringo e Paul. E esse último está de novo no Brasil. A hora é essa. Vai meu amigo Giancarlo, agarra essa oportunidade, você agora também já é homem feito! Vai ver Paul McCartney amanhã no Morumbi e traz pra gente boas emoções. Ficaremos aqui na torcida e assistindo pela TV (se Zeca Camargo, com o seu bocejo, deixar!).

Créditos:
Texto e foto 1: R&C
Foto 2: internet

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PARABÉNS!

Eliel, sem tempo para inspiração, recorro a uma canção do Rei para homenagear, através do R&C,  minha eterna namorada, professora Francisca Lopes que neste dia da bandeira muda de idade.
Edvaldo Morais

A Mulher que eu amo (Roberto Carlos)
A mulher que eu amo
Tem a pele morena
É bonita, é pequena
E me ama também
A mulher que eu amo
Tem tudo que eu quero
E até mais do que espero
Encontrar em alguém
A mulher que eu amo
Tem um lindo sorriso
É tudo que eu preciso
Pra minha alegria
A mulher que eu amo
Tem nos olhos a calma
Ilumina minha alma
É o sol do meu dia
Tem a luz das estrelas
E a beleza da flor
Ela é minha vida
Ela é o meu amor
A mulher que eu amo
É o ar que eu respiro
E nela eu me inspiro
Pra falar de amor
Quando vem pra mim
É suave como a brisa
E o chão que ela pisa
Se enche de flor
A mulher que eu amo
Enfeita a minha vida
Meus sonhos realiza
Me faz tanto bem
Seu amor é pra mim
O que há de mais lindo
Se ela está sorrindo
Eu sorrio também
Tudo nela é bonito
Tudo nela é verdade
E com ela eu acredito
Na felicidade...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O patinho feio

Susan Boyle consegue marca inédita ao ficar entre mais vendidos com disco "The Gift"


Londres - A cantora Susan Boyle se transformou na primeira artista mulher a ficar, pela segunda vez em menos de um ano, em primeiro lugar entre os mais vendidos no Reino Unido e nos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (17) a gravadora da artista.
Susan, que ganhou fama graças a um concurso de televisão, conseguiu, no domingo passado, que seu novo álbum, "The Gift", ficasse em número um da lista de sucessos britânicos, fato que repetiu nesta quarta-feira (17) nos EUA. Só The Monkees, em 1967, e The Beatles, em 1969, conseguiram atingir essa marca.
A artista escocesa afirmou que chegar ao topo das listas nos dois países é uma experiência "incrível e completamente inesperada", que a fez viver o "momento mais feliz" de sua vida.
A cantora de 49 anos, que antes de ficar famosa mundialmente investia boa parte de seu tempo como voluntária em uma igreja, ficou conhecida depois de interpretar o tema "I Dreamed a Dream", do musical "Os Miseráveis", no programa de televisão "Britain's got talent", do qual foi finalista.
Após o concurso, Susan gravou um disco com o título da canção que a levou à fama, vendeu mais de dez milhões de cópias no mundo todo e bateu o recorde de reservas da loja virtual Amazon.
O presidente da Columbia Records, Steve Barnett, declarou que "a arrasadora resposta ao novo disco de Susan é um exemplo de seu talento único. Com suas canções é capaz de comover os corações de admiradores de todo o mundo e eles mantêm seu apoio fiel", disse.

Fonte: uol Música - Últimas Notícias

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Família

Pense numa turma feliz que ri a toa. O amigo Paulo Roberto e os filhos Paulo Segundo e Paulo Victor, nesta foto feita pela também abcedista, sua esposa Rozana, estão só aguardando o momento para sábado soltarem o grito de Campeão Brasileiro do ABC, ainda mais porque o primo Renatinho é uma das estrelas do time, o que vem orgulhar todos eles e a torcida de Ceará Mirim.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Festa na estação


Neste dia 16/11 às 19h00min na Estação Cultural de Ceará - Mirim, será realizado o 1º Aniversário do "projeto Boca da Noite" Na oportunidade homenagearemos quarenta artistas que contribuiram com o mesmo, haverá também a participação do cantor Mizael Neto, Aléx Oliveira em Literatura de Cordel, coral infantil sob a regencial do artista Jorge Natã e outros.
Essa é uma realização da SEDESC (Secretaria de Defesa Social e Cidadania.), FORNALHA PIZZARIA, CANTARE PRODUÇÕES, CONSELHO C. DAS CINCO BOCAS E ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENGENHO DAS ARTES. (Múcio Vicente)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cotidiano


Canções de Chico Buarque vão virar minissérie na Globo


Aos 66 anos e 45 de carreira, Chico Buarque não precisou de qualquer efeméride para fazer de 2010 seu ano de homenagens. Além dos recentes Prêmio Jabuti de melhor ficção e Prêmio Portugal Telecom, pela obra 'Leite Derramado', o cantor e compositor foi agraciado com o projeto multimídia Chico Paratodos. Desde que saiu do papel, em dezembro passado, a ideia já rendeu o livro 'Essa História Está Diferente - Chico por Dez Contos', o longa em produção 'Olhos nos Olhos', de Karim Aïnouz, e, em janeiro, chega à TV sob forma de minissérie da Globo, 'Amor em Quatro Atos', gravada em São Paulo e no Guarujá, na Baixada Santista.
Com direção de núcleo do expert em programas musicais Roberto Talma, a série de quatro capítulos é inspirada em cinco canções de Chico: 'Ela Faz Cinema' e 'Construção' - que viraram um só episódio dirigido por Talma, com roteiro de Antônia Pellegrino -; 'Mil Perdões', com texto de Estela Renner e Tadeu Jungle e direção de Jungle; 'Folhetim' e 'As Vitrines', capítulos roteirizados por Márcio Alemão e dirigidos por Bruno Barreto - que, aliás, faz sua estreia na TV.
Criador do projeto, Rodrigo Teixeira, sócio da RT Features (produtora de 'O Cheiro do Ralo' e coprodutora da minissérie juntamente com a Globo) explica que, apesar de já ter trabalhado com Barreto em dois longas, a escolha do diretor não foi sua. 'O Tadeu Jungle foi convite meu e, quando conheci o Talma, ele disse que seriam ele o Bruno os diretores dos outros episódios', explica Teixeira. 'E sabe que nunca vi o Bruno tão feliz? Ele está trazendo para a TV uma linguagem de cinema.'
Vladimir Brichta é o protagonista Ari no episódio inspirado em 'Folhetim' e 'As Vitrines'. Marcado por personagens de humor na TV, Brichta diz que, além do fato de poder mostrar sua faceta dramática, o que o atraiu para o projeto foi justamente esse cuidado e rigor emprestados do cinema. 'Realmente (o trabalho) é cansativo. Mas é só imaginar que é um longa, que geralmente é rodado em dois, três meses, feito em três semanas e meia.' O ator fará par com Camila Morgado e Alinne Moraes, esta última a prostituta Vera, 'dessas mulheres que só dizem sim', eternizada na letra de 'Folhetim'.
Para 'Mil Perdões' foram escalados Dalton Vigh, Carolina Ferraz, Gisele Fróes e Cacá Rosset. Em 'Ela Faz Cinema/Construção', o elenco principal fica por conta de Marjorie Estiano, Malvino Salvador e Gero Camilo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte – ESTADÃO Cultura

domingo, 14 de novembro de 2010

Além dos Outdoors

“As coisas mudam de nome
Mas continuam sendo o que sempre serão
Você sabe,
O que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors
Por mais que a gente cante
O silêncio é sempre maior.”
(Além dos Outdoors - Humberto Gessinger)
“E quando às vezes choro
Não é só saudade, nem desgosto não
É a fumaça negra, que me dói
Os olhos e o coração.”

(Andorinha – Gilson /Joran)

Fotos: R&C

sábado, 13 de novembro de 2010

Com uma "nora" assim


SP: Domingo no parque com Norah Jones
Depois de um ano intenso no quesito festivais e atrações internacionais, 2010 ainda reserva uma grata surpresa e o nome dela é Norah Jones. Se você já está no vermelho porque gastou muito com todos os shows que aconteceram, não se preocupe, desta vez a entrada é Catraca Livre.
Para os fãs da cantora, que também já se arriscou nas telas no romântico “My Blueberry Nights”, não poderia ser melhor: de graça, no Parque da Independência, durante a tarde do domingo, 14 de novembro. Jesse Harris, cantor, compositor e produtor, faz o show de abertura às 16h. Harris é autor da música “Don’t Know Why” e também de “If You Won’t”, interpretada pela brasileira Paula Toller. No repertório do show, Norah Jones apresenta seu mais recente álbum, “The Fall”, produzido por Jacquire King, que inclusive já trabalhou com Tom Waits. Para quem quiser conhecer um pouco mais das referências da artista, vale a pena pesquisar sobre o trabalho de seu pai, o famoso tocador de sitar indiano Ravi Shankar.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Alma não tem idade

“Estou aqui, parado olhando o incêndio
Do alto do prédio, os rolos de fumaça
Vejo da janela dos meus olhos
Na cidade magoada
a usina de sonhos tão parada.”
(Incêndio Belchior / Petrúcio Maia)

Ozair - II Tributo a Roberto Carlos (2006)
Cantando "Lady Laura"

E aí, companheiro, como é mesmo chegar aos 40? Diz o “filósofo” Agnaldo Timóteo em uma canção que “a gente depois dos 40 tem mais consciência que a vida mudou e começa a viver o que a vida ensinou”. Já passei por essa experiência e agora estou aqui, seguindo... Posso dizer que você é um amigão, daqueles que a gente tem mesmo que guardar. Nossa vivência vem dos tempos do grupo da igreja e da banda Alma de Borracha. Aprendemos assim como tudo é tão efêmero nessa vida, exceto os bons momentos, as boas amizades, porque são coisas que não passam. Vivemos hoje um momento caótico diante de todo esse burburinho que se instaurou em nossa cidade, e é tanto que chega a aniquilar com a nossa inspiração, a nossa poesia, a nossa música, mas a gente sempre encontra um jeito pra falar dos amigos, e neles buscamos força pra tocar a vida em frente. Conte comigo! Parabéns, e que você tenha saúde e muita paz ao lado dos seus. Lembre-se que você é um bombeiro, e como tal, saberá sempre a hora exata de controlar as chamas que teimam em destruir a beleza. Experiência você já adquiriu. A gente se vê!
No RC19

Texto e fotos: R&C

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De repente...

...pode ser uma solução

Monge se isola em topo de rocha na Geórgia


Um monge ortodoxo da Geórgia decidiu se isolar do mundo e morar no topo de uma rocha. Maxime Kavtaradze, de 55 anos, está reconstruindo um monastério em Chiatura, uma área remota do país.
Cerca de 450 prédios, entre igrejas e monastérios, foram reconstruídos no país nos últimos cinco anos, com financiamento do governo georgiano. Mas o trabalho no topo da rocha é mais difícil e já dura 13 anos. É o próprio monge quem leva para o alto cada uma das pedras usadas na construção.
Um outro monge viveu no monastério há 500 anos e a sua ossada ainda está guardada no local. Kavtaradze diz que quer ficar no topo da rocha e ainda está esperando a bênção do líder da Igreja Ortodoxa.
A reconstrução do monastério do topo da rocha é parte do renascimento da Igreja Ortodoxa da Geórgia que, com o financiamento do governo e mais fiéis, viu sua popularidade aumentar.

Fonte: iG – último segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/monge+se+isola+em+topo+de+rocha+na+georgia/n1237824169342.html
Foto: BBC

terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Quando eu estou aqui..."


Pois é, e está lá no site oficial do cantor: o rei Roberto Carlos em Natal, no dia 10 de dezembro.
Local: Teatro Riachuelo - 3º piso do Midway Mall (inauguração do teatro)
Hora: 21:00

Só nos resta saber o valor do ingresso. Em se tratando de um teatro, não creio que seja barato. Ai que saudade do "Machadinho"!

Nova informação:

"Não adianta nem tentar..."

Conforme o amigo Edvaldo me informou... segundo a Tribuna do Norte (ver link abaixo) não haverá vendas de ingressos.O show destina-se a convidados.
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/programacao-de-estreia-do-teatro-riachuelo/164334

É... rei, ao que parece, dessa vez as "emoções" serão bem menos populares.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Paul, pra sempre


Paul McCartney agita 50 mil fãs em Porto Alegre

Por FAMOSIDADES


RIO DE JANEIRO - Mais um show entrou para a lista das apresentações históricas no Brasil. Desta vez, o ex-beatle Paul McCartney fez sua reestreia no país (o último show do cantor foi há 17 anos) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Mesmo a cidade não sendo roteiro de shows internacionais, que geralmente são feitos no eixo Rio-São Paulo, o Estádio Beira-Rio, onde a apresentação foi realizada, reuniu 50 mil pessoas, onde algumas milhares delas aguardavam o cantor desde o início da semana, acampadas em filas.

O único imprevisto observado foi a substituição do show de abertura. Estava previsto para que a dupla Kleyton & Kledir abrisse o evento. Porém, por “problemas técnicos”, eles desistiram na sexta-feira e quem entrou no palco foi o DJ Pic Schmitz, junto do saxofonista Vinicius Neto e o guitarrista Fred Mentz.

Paul McCartney arriscou algumas frases no início do show, que começou às 21h05. “Boa noite, Porto Alegre. Boa noite, Brasil. Hoje eu vou tentar falar português, mas vou falar mais inglês. Obrigado, gaúchos."

Como já havia demonstrado anteriormente, Paul esbanjou simpatia e soltou o vozeirão. As clássicas músicas do ex-Beatle foram cantadas, levando os fãs ao delírio. “All My Loving”, “Drive My Car”, “Long And Winding Road”, “My Love” (música que Paul compôs para a esposa Linda, falecida em 1998). E finalizou a apresentação – que durou quase três horas – com “Hey Jude”. O cantor autografou o braço de duas fãs, voltou após a platéia pedir “bis” e ao retornar ao palco, veio acompanhado de uma bandeira brasileira com a frase “Ah, eu sou gaúcho!” e cantou “Day Tripper” e “Get Back".

Fonte: Famosidades - http://entretenimento.br.msn.com/famosos/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=26264370
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"Pra sempre" - Elisa Delfino tatua autógrafo de Paul

"Ele ficou o tempo todo olhando para mim", diz fã gaúcha que tatuou autógrafo de Paul McCartney no braço


JOÃO GUEDES
Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

Fã dos Beatles desde os cinco anos de idade por influência do pai, a estudante gaúcha Elisa Delfino, de 18 anos, eternizou com uma tatuagem o autógrafo deixado no seu braço esquerdo pelo cantor Paul McCartney, que a chamou para subir no palco no show realizado na noite de domingo (7), no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
Durante a apresentação, o ex-beatle pediu que a equipe de segurança levasse Elisa ao palco, atraído pelo inusitado pedido escrito em inglês no cartaz carregado por ela para o show: “Paul, por favor, assine o meu braço para eu fazer uma tatoo”. "Ele ficou o tempo todo olhando para mim", conta Elisa, que garantiu um lugar próximo ao palco depois de mais de três dias na fila de lado de fora do estádio.
Do encontro com o ídolo, Elisa lembra apenas do rápido diálogo. "Ele perguntou meu nome e de onde eu sou", conta. A ideia de pedir um autógrafo na pele para fazer uma tatuagem surgiu semanas antes, quando foi anunciado o show de Paul na cidade. Era a estratégia para chegar perto do cantor sem ter de enfrentar a pesada segurança que cerca o astro.
Com a missão cumprida, Elisa preservou a assinatura: não tomou banho, não deixou que ninguém a tocasse e não dormiu. Pela manhã, ainda assistiu a uma aula em um curso pré-vestibular antes da sessão de 45 minutos de tatuagem em um estúdio no centro de Porto Alegre. "Valeu a pena", disse, sem disfarçar o cansaço depois da maratona de horas sem dormir.

Fonte: UOL Música

domingo, 7 de novembro de 2010

Coisa de menina


O grande presente da Luluzinha em seus 70 anos

Por Marko Ajdaric


No dia 23 de fevereiro, de 1935, no Saturday Evening Post, o mundo conheceu a primeira tira daquela que seria uma das mais populares personagens de HQs em todo o mundo:Luluzinha.
A série, em que Marge, pseudônimo de Marjorie Henderson Buell, se baseava em sua própria infância para contar histórias que ficaram nas mentes de milhões de pessoas por todo o mundo (inclusive por meio de músicas) continuou sendo publicada no jornal por dez anos, período mais do que suficiente para que Luluzinha, seu maior amigo, Bolinha e o resto da turma ganhassem as telonas, nos anos 30, e ficassem em cena por muito tempo.
O maior presente que a Luluzinha está ganhando em seus 70 anos é a republicação integral de suas histórias, o que foi antecipado pelo Universo HQ, em julho de 2004.
Little Lulu #1 (subtítulo Little Lulu Goes Shopping), o primeiro volume da série de relançamento da personagem, pela Dark Horse, já está nas gibiterias americanas desde 17 de novembro, e o "gancho" dos 70 anos foi utilizado pela editora na divulgação da obra.


O número 1, com 200 páginas, compila seis edições integrais da Luluzinha publicadas originalmente pela Dell Comics, em preto e branco, como na versão original, mas tem um grande senão: a série começa "pulando" os cinco primeiros números, iniciando a republicação a partir da sexta edição original.
Como a Dark Horse afirma que sua intenção é a de fazer a primeira republicação integral da obra jamais feita no mundo, vale esperar para ver quando as primeiríssimas Luluzinhas voltarão às mãos das crianças e dos amantes dos quadrinhos que os EUA faziam numa época de mais sonhos.
Um mérito de Little Lulu é que dificilmente voltaremos a ver quadrinhos com a arte de John Stanley (argumentos) e Irving Tripp (desenhos), pois o tipo de arte ingênua dos quadrinhistas que deram fama à criação de Marjorie "Marge" Henderson Buell não se encaixa nos lançamentos modernos dos quadrinhos.
A Comic Book Galaxy considera o título um dos mais importantes lançamentos do ano de 2004, e o preço, 10 dólares, bastante satisfatório para o valor da obra, em resenha publicada esta semana, de autoria de Pat Markfort.