“Por
dezembros atravesso,
Oceanos e desertos...”
Oceanos e desertos...”
Fagner & Zeca Baleiro
Quando chegar dezembro
Eu só quero que a vida nos permita um dezembro
melhor. Bem melhor que o do ano que passou. Que esse seja sem corre-corre, sem
tanta ilusão. Nada de se deixar levar pelas insistências dos comerciais que
passam na televisão. O amor é muito mais que tudo isso. Quero no Natal, estar
em paz com o meu bem. Talvez sem presentes, sem presépio, mas sem presepada.
Mesmo sendo impossível esquecer, vamos lembrar sem tanta dor daquela véspera
que nos foi tão triste. Com tantas opções, mas com a grana curta, a gente se vai
se contentar no nosso aconchego em frente a TV. Talvez um vinho, em nosso
ninho, com certeza um carinho, e um musical bem brasileiro. Se os três Reis
Magos não nos visitar, não ficarei magoado. Quem sou eu, incapaz de acender
estrelas para lhes servir de guia. A gente se acomoda na estrebaria. Deixa os
palácios pra essa gente toda, que durante todo o ano produziu tão pouco amor,
mas se superou na ignorância dos seus supostos conhecimentos. A gente apenas
deixou a vida seguir. E foi aí que finalmente a paz se aproximou, e se achegou
e fez morada aqui, junto a nós dois. Não sei se irei à missa do galo, talvez eu
veja de casa a do Vaticano, já que o novo Papa é tão (São) Francisco. É bom
estar tranquilo, é muito bom estar em
paz. E dessa forma, mesmo que os cães ladram e nos perturbe a
noite inteira, cantaremos satisfeitos “Noite
Feliz”.
Eliel
Silva/agosto.2013
Imagem: Internet
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