“O que será que será?
Que dá dentro da gente
E que não devia
Que desacata a gente que é revelia
Que dá dentro da gente
E que não devia
Que desacata a gente que é revelia
(...)
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia
E nem todos os santos
Será que será?
Chico Buarque
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos toda alquimia
E nem todos os santos
Será que será?
Chico Buarque
Chá de capim santo
Há
momentos na vida da gente em que as coisas desabam. Você se acabrunha, fica “tão
down”. A casa parece cair e seu astral vai junto com ela. Muitos são esses
momentos que eu já passei e ainda passo. Dizem que é olho gordo, quebranto, e
até feitiço. Poxa, tudo isso. Deve ser mesmo. Ai a gente se isola. Fica fora do
ar. Quando isso me acontece, logo penso: tem alguém torcendo contra mim. Estão
querendo me tomar todos os meus bens. Meus “carrões”, o “iate”, o “jatinho”.
Até mesmo a “mansão” dos meus sonhos de toda uma vida. Que fique entre nós,
tudo isso eu tenho mesmo mais do que eles. Só porque eu tenho a paz que
preciso. Mas essa gente é muito má. Existe uma “certa” arte na maldade desse
povo. A inveja é uma lâmina tão cortante... E quando eu desabo logo recorro aos
meus chás. É que na minha cabeça tudo isso é um problema só do corpo, do
organismo frágil. Esqueço que a alma fica bichada nessas horas. De todos os
unguentos de que faço uso, fico com o chá de capim santo. Não é só por
tradição. É que acho bem mais ameno. E dizem que acalma. Relaxa. Mas para mim,
talvez porque o primeiro nome me remete ao animal que eu sou, e o segundo por
me fazer lembrar as entidades protetoras as quais preciso apelar sempre.
Eliel
Silva/julho.2013
Imagem:
Internet
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