Nunca mais meu pai falou:
"She's leaving home"
E meteu o pé na estrada,
"Like a Rolling Stone..."
"She's leaving home"
E meteu o pé na estrada,
"Like a Rolling Stone..."
Belchior
Janaina, com sua filha Idalina - Eliel, com seu filho Israel Dylan
(19º Tributo a Raul Seixas - 2008)
Como
nossos filhos
A minha filha, que hoje tem 21
anos, acompanha esse Tributo a Raul Seixas desde que ela nasceu. Lembro-me de
tê-la em meus braços, com alguns meses de vida, naquele III Tributo. De lá para
cá, todo ano nos fazemos presente. Eu até que faltei um ou dois, por motivos
superiores, mesmo assim ela vai lá conferir. Meu filho, hoje com 15 anos, também
é um fiel frequentador dessa festa. Com cuidado, à exemplo de tantos outros
pais, acostumamos essas crianças desde cedo a saberem lidar com o rock do
maluco beleza. Aos possíveis excessos que por ventura aparecessem no decorrer
daquela euforia coletiva, a gente alertava os pequenos a não se envolverem. A
festa sadia era o que valia. Assim, todo mundo se divertia. As crianças, na
quadra, lugar mais arejado, com menos gente (hoje o espaço mudou), logo
tratavam de arranjar uma outra diversão. Ficavam até meio que alheios ao som
que rolava. Tudo bem, deixa isso pra essa gente grande, que gosta de barulho.
Passado mais de duas décadas, não é que nós, seus pais, estamos meio que
imitando as nossas crianças daqueles tempos. É comum hoje em dia a gente ver um
grupinho de velhos roqueiros num lugarzinho mais ameno, curtindo o som bem de
leve, sem pulo, sem empurra-empurra. Portando uma garrafinha de água mineral,
ou, quando muito, empunhando uma latinha de cerveja. Só falta a gente inventar
uma outra diversão no meio daquele mundão de gente. É o sinal do tempo em nós. E desse jeito a gente
curte muito, e talvez ainda mais, essa maluquez revisitada. Hoje estamos
vivendo aquilo que aprendemos com os nossos filhos, nesse evento que foi e
sempre será o nosso Woodstock.
Eliel
Silva/julho.2013
Agradecimentos:
Agradecimentos:
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A Erivan Lima (Erinho Seixas) por nos ceder a fotografia da matéria
-
A Janaína, por não fazer cara feia e nem nos processar pela publicação da foto
2 comentários:
Amigo Eliel, nunca fui ao tributo de Raul, mas gostei da matéria que você escreveu. Agora, me diga uma coisa: Porque será que é tão bom falar dos filhos, hem? Um grande abraço!
Amiga Marli, filho é coisa sagrada. Pode ser gerado no ventre, mas antes disso, ele é concebido na alma. Talvez por isso, quando um filho está ausente a nossa alma fique em frangalhos. Um abraço!
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