"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu..."
Chico Buarque
Pressentimento (ou
pretensão)
Ora,
pois... Nossa mente é mesmo assim. Pode acontecer de um dia eu simplesmente não
produzir nada. Não me “baixar” a inspiração. Meu juízo ficar entupido. Então
será mais um tempo sem “criar”. Riacho também é assim. Nem sempre está cheio. É
preciso chuva. É preciso tempo... Prometo, como de costume, não me desesperar.
Não vou pular do oitavo andar (por que do oitavo?!). Não vou tomar cicuta nem
beber meu fel. Vou esperar as próximas luas de colheita. À noite, vou
contemplar as estrelas. Só não vou me deitar na calçada como eu fazia quando
criança na cidadezinha onde morei. Naquele tempo não existia assaltos, não
havia tanta violência. Medo eu só tinha do bicho papão. Aquele de quem tanto se
falava, mas que, felizmente nunca me apareceu. Acho que aquilo era um truque
das pessoas grandes, só para me verem quieto.
O
ato de criar é complicado. Às vezes nem tanto. Foi um Deus que criou tudo. Mas
Deus é Deus. Eu sou poeira. Poeira pouca é bobagem. E há narizes tão
insensíveis que nem sequer ficam irritados. Mas é tão bom ser lembrado de vez
em quando. Posso dizer que umas cinco ou sete pessoas apreciam os meus pequenos
(e toscos) textos. Algumas delas massageiam o meu ego. E sabe que mais,
“mentiras sinceras me interessam”. Mas o fato é que eu sou muito simples, sei
que sou. Simples demais. Mesmo assim eu queria era entrar pra história (ou na
história), mesmo que fosse uma história em quadrinhos. Maurício
de Sousa, me descubra!
Eliel Silva/julho.2013
Imagem: Internet
Um comentário:
Painho, acho que sei o porquê do oitavo andar. Mas ao invés de pular do oitavo andar, coma uma torta inteira de amora no jantar :D Ou tome um café. E me chame...
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