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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

 

 

 
Há pessoas que se sentem realizadas na frente dos holofotes da vida. Imaginando ser "a luz das estrelas, a cor do luar...", e por aí vai. Pois bem. Eu também já fui mais ou menos assim. Não vou negar. Mas no meu caso eu me sentia feliz em estar num palco juntamente com amigos, numa comunhão de som e de luz, alegria e êxtase total. Sem nunca me passar pela cabeça ser o centro das atenções. Quem me conhece sabe que sempre fui assim. Mas o tempo vai passando e as coisas vão tomando uma nova fórmula. Não que isso seja necessariamente um retrocesso ou mesmo progresso, não, apenas algo diferente. O novo de novo. E por incrível que pareça, de uma forma bem mais simples, sem complicações, sem exibições, e nem por isso menos importante e prazeroso. Tudo isto apenas para dizer as pessoas que tem alguma consideração por mim, e se interessam pelo que digo e escrevo que, agora, aos 58 anos de idade, já quase completando os 59, sabe o que me dá prazer, o que me deixa leve e me faz feliz? Acordar de manhã, pegar uma vassoura e varrer o meu quintal. Esse palco de sempre, da infância à fase adulta. Na plateia, pássaros, besouros, uma cadelinha assanhada e o vento batendo na cara bem ao nascer do sol. Pronto! É disso que gosto agora. Isso é o que me faz feliz. Será que vai passar na Globo?! 🤔

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