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Naquela noite tão
diferente, o relâmpago vai rasgar o céu de ponta a ponta, o som dos trovões vai
ser ensurdecedor, anunciando o mundo de água que cairá. A mulher, com sua
crença, irá tremer, com o terço na mão; o velho homem ateu buscará um cobertor
de lã, e uma dose de uísque. No outro dia, com tudo voltando ao normal, se
encontrarão na rua. Ela indo pra igreja, ele indo pro trabalho, uma antiga
livraria. E a vida não acabou. Não dessa vez.
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Os inocentes podem até
se calar, mas está escrito: "as próprias pedras clamarão!"
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E quando chegar o fim
da linha, vai me valer a trajetória que fiz nesse trem fantasma.
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Faço um esforço para
me manter afastado daqui, mas o vento me faz voltar.
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