Por minha vontade de viver, acho que ainda é cedo. Mas o meu
corpo cansado parece dizer que não. Quando adolescente, e cheio de vida, com
todo o viço, nem parei para pensar no ocaso da caminhada. Por que será essa
vontade agora de exílio voluntário? Esse desejo de tornar-me um estrangeiro
aqui no meu lugar? Quero expiar os meus pecados, as minhas culpas, mas fazer
isso sem alarde. Quero sentir a alma leve, sem o peso dos apegos. Feito aqueles
velhos elefantes, quero me afastar da manada, viver o meu drama em silêncio. Não
há como brindar o último cálice de vinho. Isso é uma missão completamente solitária. (Eliel Silva - dezembro/2016)
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
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