“Vendeu
seu terno, seu relógio e sua alma
e até o santo ele vendeu com muita fé
e até o santo ele vendeu com muita fé
Comprou fiado
pra fazer sua mortalha
tomou um gole de cachaça e deu no pé...”
tomou um gole de cachaça e deu no pé...”
(Cachaça
Mecânica – Erasmo e Roberto)
Cachaça manual
Seja limão, tomate, maçã ou
caju
Mesmo sem açúcar, mas com
afeto
Faço aos domingos o meu
coquetel
Quero lá saber o que pode e o
que não pode
Quero lá saber quantas
calorias e
quanta glicose a mais vai
nessa mistura
não dou notícia dos embalos
do sábado que passou
meu domingo agora é rock and
blues
São baladas, são canções de
um amanhecer
É samba de uma nota só
“Luz, quero luz!”
Mas esse sol me encandeia,
me sufoca, me aquece e me
queima
Ela se mistura em minhas
veias
Sonho com um botequim
Como era bom bater perna
Ser feliz ouvindo um
lançamento em vinil
Dezembro já está chegando
Mas Papai Noel soltou suas
renas
Que viagem!
Que loucura!
Que “elogio a loucura”!
Parem a limusine!
Uma mulher me acenou ao
telefone
Me fez um sinal de espera
Estou vendo estrelas
É o efeito da tequila feita
em casa
Um rei canta e encanta em meu
aparelho de som
Mas será mesmo que “além do
horizonte” existe esse lugar?
Bom, a natureza faz coisas
incríveis
Ela fez você pra mim
Que quando está por perto a
vida é bela
Quero mais um gole, vou me
embriagar de você
Musa da minha solidão
Estribilho da minha canção
Fogo dessa chama que me
aquece, que me inflama
E o meu coração se apaixona
pela nova geladeira
Que esfria a minha alma de
boêmio, sonhador
E eu rabisco em verso, em prosa
Vez em quando a vida
E é só...
“Mas o que eu quero é lhe dizer
que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situaçã
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão.”
(Meu Caro Amigo – Chico Buarque / Francis Hime)
Créditos:
Texto: Eliel Silva – novembro/2012
Imagem: Internet
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