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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Acontecências

“Eu ontem passei
na rua em que você morava.
Lembrando de tudo,
não vi que por você chorava...”
(Na Rua Em Que Você Morava – Rossini Pinto)


A rua em que eu morava

Quem diria que a velha Rua do Bacurau um dia seria asfaltada. Morei 33 anos ali. Acompanhei pequenas mudanças, algumas melhorias, e guardo muitas lembranças. Naquele chão de pedras eu tanto caminhei e vi passar muita gente. Alguns já se foram pra sempre, não viram chegar o asfalto, não acompanharam algumas benfeitorias que chegaram lentamente. E se eu me dispusesse a falar dessas pessoas que lembro tão bem, começaria pela “Vila Ferroviária” onde eu tanto brinquei. Ali moraram o senhor Severino Silva, seu filho “Joca” e o sobrinho “Novo”. Eles já partiram, como partiram também alguns moradores das outras vilas (era como chamávamos aquelas entradas, lugares de tanta calmaria). O senhor Elói, D. Lurdinha, Dodora. Senhor Genário, “seu” José Felipe, mestre Joaquim, "Dom", “Tuta”, Beto, Zita e mais tantos outros amigos e amigas que se foram, deixando para nós que aqui ficamos, a nobre missão de esperar o trem chegar e partir, e sempre acreditar num progresso vindouro. A modernidade traz grandes avanços (é o que se espera), mas é preciso cuidar de tudo isso com responsabilidade. Conversando com velhos conhecidos, ouvi as suas queixas com relação a alguns motoristas que agora passam naquela rua em alta velocidade; e a gente sabe que com sol forte o asfalto gera muito mais calor. Há solução para tudo isso, só é preciso pôr em prática. Agora é cobrar das autoridades e dos moradores a solução para tais problemas. Eu precisava registrar aqui no blog esse grande feito. Viva o progresso!

“Eu não sou contra o progresso,
mas apelo pro bom senso...”
(O Progresso – Roberto e Erasmo)

 
Rua Luiz Ferreira (antiga Bacurau) - início dos
 anos 80 - onde esse blogueiro, parecendo
 mais encorpado, caminha livremente
 
Legenda:
1 - Comércio da senhora Helena, visinho à Estação Ferroviária
2 - Campo da "Casa Velha"
3 - Portão de acesso ao quintal da casa do senhor Danilo Brandão
4 - Muro do quintal do senhor Ozéas
5 - Terreno baldio (onde hoje esta construída a residência do amigo e blogueiro Fernando Siqueira)
6 - Continuação desse terreno (hoje está construída a casa onde mora Ewerton (KDA2) e a minha sobrinha Alcina)

Créditos:
Foto 1 e texto: R&C
Foto 2: Arquivo pessoal R&C

5 comentários:

zilene disse...

Ah, Eliel! Não tem como ler seus textos carregados de emoçãop e nada sentir...Como vc tem sensibilidade, amigo!Pena q eu ja vi o mesmo assunto com outros olhos: vejo q neste terrível calor, a "nossa" rua irá nos trazer mto desconforto pelo extremo aquecimento q oferece essa química do asfalto,e esta rua nem é via de acesso principal, como se utiliza de argumento os que defendem esse tipo de avanço! Mas vamos pra frente, afinal isto é progresso não é?
Bjos
Zilene

ELIEL SILVA disse...

Amiga Zilene, lembra daquela letra da música Paula e Bebeto: "Toda maneira de amor vale a pena, toda maneira de amor valerá!" Talvez isso se aplique para as coisas bem intencionadas, que eu creio ser esse o caso, ou será que estou tão por fora assim? Bom, pelo sim, pelo não, e já que "gente nasceu pra querer", como cantou o Raul, deixemos essa avaliação para os anjos que eu citei na matéria. Quem sabe eles não nos mande um sinal! Bjs

Fernando Siqueira disse...

Eliel, você me fez recordar a nossa infância, com fotos e com palavras. Lendo seu texto e vendo a foto viajamos no tempo.
Fernando Siqueira, moradar da citada rua.

Anônimo disse...

Caro Eliel, que saudades dos velhos tempos. Nessa querida rua, eu morei
há 40 anos passados. Morei visinho de
D. Geraldina de Capiroto. Tempos bons!!!!
Um abraço saudoso, Jadson.

Anônimo disse...

Caro Eliel. Como sempre nos convidando a embarcar em viagens carregadas de emocão e saudosismo. Perfeito amigo! Renato Martins