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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

sábado, 16 de outubro de 2010

Pirei!

Costumo fazer minhas dissertações nesse humilde blog, porém, rico talvez pelos detalhes das canções e pelos retratos, mas tudo feito de uma forma tão gratuita e desinteressada que muitas vezes nem percebo se alguma matéria posta aqui não surtiu efeito (aquele efeito bumerangue). Mas é claro que quando há um retorno positivo, o que felizmente sempre acontece no R&C, é motivo da gente se sentir feliz como um menino quando ganha um brinquedo. Hoje cedo, ao abrir a minha caixa de e-mail encontrei esse agradecimento e uma mensagem da professora Francisca Lopes. Não só fiquei feliz, eu pirei! Essa seria a expressão correta, em se tratando da minha pessoa, para expressar a emoção que senti ao receber o seu comentário. Eu é que agradeço.


"Oi, Eliel.
Eu não me contentaria com um simples comentário, em situações como esta. Permita-me ir um pouco além. Pois a sua gratidão aos seus ex-professores instigou-me a escrever sobre o tema em foco."
Francisca Lopes, Francisca Lacerda (que é
citada na matéria anterior) e Edvaldo Morais

SER PROFESSOR HOJE E SEMPRE

Ser professor é extrair do cansaço, a cada dia, a seiva que revitaliza os sonhos plantados, ao longo do exercício do magistério. É sobretudo crer naquilo que para muitos parece impossível. É gostar do que faz. É ver que mesmo o aluno menos aplicado é capaz de captar o ensino e transformá-lo em aprendizagem, para aplicá-la à vida futura. É somar ao amor ágape o desejo de transformar vidas. É olhar para trás e ver nas pegadas dos antigos mestres, "a sombra" que de forma segura projeta a certeza de que o saber se constrói na coletividade. Dividindo e compartilhando conhecimento com os outros que lhe cercam.
Ser único, nesse contexto, representa apenas uma incógnita para descobrir as inúmeras possibilidades de multiplicar esses conhecimentos adquiridos no tempo.
Ser professor é construir um caminho, não para si mesmo, mas abrir vertentes, desvendar encruzilhadas, iluminar e indicar a entrada e a saída nos labirintos que a vida prepara para muitos dos seus alunos. É, pelo menos, quando isso não for possível, deixar um rastro para ser seguido por quem precisar trilhá-lo.
Obrigada pela lembrança. A gente se sente querida e amada, nessas horas, independente da música que toca.
Mesmo não tendo sido sua professora - o que, sem dúvida, muito me orgulharia - senti-me lisonjeada entre os que foram, porque a demonstração de carinho e gratidão a todos que disputam, nesse louco mundo, dentre as profissões talvez a menos valorizada é um excelente presente. Tão valioso que moeda nenhuma do mundo pode comprar.
FRANCISCA LOPES (Professora)

Foto: Eliel Silva

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