Casinha Branca
(Gilson e Joran)
Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo a minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer ...
Gilson
Domingo passado, no programa Escute essa canção, que levamos ao ar as 10h pela 87 FM, tocamos essa canção. Fiz uma pequena observação sobre a sua letra. Justamente a parte do refrão que diz: “Eu queria ter na vida simplesmente, um lugar de mato verde pra plantar e pra cilher. Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer.” Um amigo meu que ouviu me disse que ela tinha a minha cara. E é verdade. Fiquei feliz com isso.
ESPAÇO ABERTO
Fotos:
Natureza com banquinho e Luciano Morais - Eliel Silva
Casinha Branca e Gilson - Internet
Uma casinha branca, no meio do mato
Mas lembrei que por aqueles anos, final dos anos 1970 e início dos anos 1980, o sonho de grande parte da minha geração talvez fosse esse. E isso fazia um grande bem a todos nós. Mas o tempo foi passando, os valores se transformando e agora vejo que uma casinha branca para muitos é muito pouco. O mato verde, esse nem se fala. E o sol nascente, do jeito que anda a temperatura, quem se arrisca em acordar mais cedo só para vê-lo surgindo? Os anseios agora são outros. Carrões do ano, casa na praia, telefone celular de última geração, e aquela conta bancária que não há jeito de não mexer além do limite. Com isso vem a neurose, as preocupações, as doenças que parecem querer mesmo competir com a vida. É ai que entram o "sofrer e a ilusão" de que fala a canção.
Meu quintal
Eu ainda não consegui a minha casinha branca, com todos aqueles detalhes de que nos fala o Gilson na canção, mas a que eu moro, que ainda não é minha, procuro fazer dela meu recanto de paz, com muito verde e um sol nascendo todas as manhãs. Portanto, sua canção para mim, meu caro Gilson, continua atual. Vou ouví-la sempre...
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Luciano Morais, tocando no
20º Tributo a Raul Seixas (2009)
ESPAÇO ABERTO
Nosso agradecimento ao Dr. Luciano Morais, que na edição do seu programa Espaço Aberto desta 2a.Feira (15/03), na 87 FM, em seu tradicional "Passeio pelos Blogs", aportou neste humilde espaço, lendo na íntegra a postagem onde homenageamos os poetas. Sentimo-nos regozijados pelas referências, isso aumenta a nossa responsabilidade de escriba virtual nesta província de Nilo Pereira.
Ao amigo de longas datas, votos de pleno êxito em sua atuação profissional e também nos microfones da "verdinha".
Luciano foi o primeiro baterista da banda Alma de Borracha e naquele grupo vivemos muitas emoções. Não importa se hoje nossas vidas tomaram rumos diferentes, nossa amizade permanece. (Eliel Silva)
Fotos:
Natureza com banquinho e Luciano Morais - Eliel Silva
Casinha Branca e Gilson - Internet
3 comentários:
HUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!
Eliel, fiquei feliz ao ver a letra desta música aqui, pois por incrível que pareça, é uma das tais que ainda consigo dedilhar no violão! Amo essa música! A alguns anos atrás, estive na casa de Fátima Fagundes e Domingos da Cosern, juntamente com meu mano Marcos Câmara e lá, toquei e cantei esta música e Fátima ficou tão abismada que gravou em vídeo! Risos... Não sou profissional no violão, mas faço um pouco de zuada, amigo! Um abraço e mais uma vez parabéns pela postagem criativa.
Oi Eliel... Como está? Quero te dizer que o seu programa (escute essa canção) é simplesmente um show de bom gosto. Pena que uma hora passa rapidinho. Um abraço, saúde e paz!
Marly
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