"Alguma coisa
Está fora da ordemFora da nova ordemMundial..." - Caetano VelosoPode
isso, Dr. Pacheco?!
Semana do município, muitos eventos à vista, como sempre acontece, e isso é muito bom, porque mantém viva a memória da cidade. Alguns me chamam mais a atenção, não tanto pela importância, porque todos são de muita valia, mas por alguma particularidade. Por exemplo: os que ultimamente tem acontecido nas dependências da biblioteca da cidade, casa na qual trabalhei por longos 18 anos e tive que sair, de forma forçada, por ter sido um dos escolhidos para cumprir as exigências da Constituição Brasileira. Mas não estou escrevendo aqui para me queixar dessas coisas, afinal, isso para mim é um problema superado. Me chama mais a atenção, e também me perturba, uns fatos recentes e corriqueiros. Observando o convite dirigido ao público em geral, para um Sarau Lítero Musical que acontecerá hoje na Biblioteca Pública Municipal Dr. José Pacheco Dantas, achei estranho e curioso não estar grafado o nome da Secretaria de Cultura e Eventos, órgão da prefeitura e que tem tudo a ver com esses feitos culturais. E já é a segunda vez que testemunho tal ocorrido. No último evento que participei não havia nenhum sinal dos membros daquele órgão. E mais curioso ainda foi a presença de um secretário de cultura de um município vizinho. Isso me faz crer que alguma coisa está fora de ordem. Com uma dúvida me incomodando, fui averiguar o real motivo da ausência dos nossos funcionários conterrâneos. A resposta, curta e simples, me assustou: “não fomos convidados!” E hoje a história se repete, e no mesmo local de antes. O que me faz pensar que ali existe talvez um “sabichão das arábias” tomando só para si os méritos que deveriam ser da coletividade. E para ele é mais cômodo “convocar” os seus mais chegados, fazendo assim o público apreciar a atuação das mesmas velhas figuras. É no mínimo curioso e deselegante essa intriga municipal. Eu, sendo o queridíssimo prefeito Antônio Henrique, que tem demonstrado ser uma pessoa sensata, chamaria as partes envolvidas para um papo reto e botava os pontos nos is. Mostrava quem é o verdadeiro comandante chefe desse trem.
Em
tempo: por conta da minha dedicação àquela casa, nos 18 anos que por lá passei,
fui homenageado, tendo o seu jardim recebido o meu nome, projeto do diretor
Robsom Oliveira e que, segundo ele, foi aprovado por todos os funcionários da
época e acatado pelo então prefeito o senhor Júlio César. O que me deixou
profundamente envaidecido, agradecido, mas também preocupado. Porque eu sei que
tudo na vida tem o seu preço. Mas isso não me obriga a ficar calado diante de
algo que eu não concordo e/ou não entenda. De maneira que sempre me senti, como
estou até agora, preparado para se por ventura houver algum descontentamento da
direção da casa, e decidir retirar de mim essa homenagem, que fique à vontade.
Não sentirei raiva e nem rancor. Vou seguir vivendo da mesma maneira, mantendo
firme a minha autenticidade. E salve, Ceará-Mirim e os seus 167 anos de
emancipação política!
A poetisa portuguesa Florbela Espanca muito inspirada certa vez escreveu: “tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Mesmo em meio a euforia do momento não custa nada meditarmos sobre essa verdade!
"Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir; e se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir." - Marcos 3:24-27
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