O desgaste da sola do sapato...
E eis que é chegado o final de ano. Novidades? Quase nenhuma. É hora de rever aquela velha fita. Mas para mim existe uma ponta de esperança: há um ano aposentado, estou isento de alguns encontros tradicionais para confraternização. Muita coisa muda com o passar dos anos, mesmo que seja num processo excessivamente lento. E ainda bem! E você há de convir que com o tempo existe aquele desgaste natural da sola dos sapatos. Só que esses calcários do caminho tornam-se pedras preciosas se levarmos em conta o aprendizado obtido no tal processo da existência. E então você vai, as vezes, disfarçadamente, noutras, até de forma mais explícita, se afastando dessas conexões. É como você se deparar com um velho sobrado, que lhe traz lembranças, mas não lhe provoca o mínimo desejo de adentrar no seu espaço. Mas será como precisar sacrificar-se de um órgão em seu corpo, tocado por células cancerígenas. Passado algum tempo, e aliviado daquele mal, você nem se lembra de que tal parte existiu em você. Com o tempo os laços de famílias, de amizade e outros blues vão se desfazendo. Pelo desgaste do caminhar, descuidado de manter em evidência os valores que realmente contam na construção de um relacionamento sólido, natural, sem forçar a barra. Ė a vida. É o tempo. Somos nós...
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