"Eu conheço cada palmo desse chão,
é só me mostrar qual é a direção..."
("Frete" - Renato Teixeira)
Ora,
eu era menino nos idos de 1973, e esses trilhos de ferro, hoje quase
encobertos pelo mato, me levavam para a minha terrinha Taipu, e me
traziam de volta no dia seguinte. Hoje todos esses "vãos" já não vão
mais, e nem vem. Estão todos ali, sepultados e esquecidos à flor da
terra. Me angustia saber que a máquina preta se aposentou para descansar
e outras mais modernas que vieram no seu lugar não querem ir mais além,
voltam daqui, e ficam pra lá e pra cá, feito brincadeira de criança.
Talvez um dia eu crie coragem, chame mais uns dois ou três destemidos e
pegue essa estrada, mesmo que seja a pé, só para ter o prazer de voltar
no tempo. Sei que o cansaço me dói, mas a saudade também me corrói por
dentro.
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