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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Zeca, Odair e a praça

"Felicidade, não existe
o que existe na vida 
são momentos felizes."
(A Noite Mais Linda do Mundo - Donizette)
Gravação: Odair José


Odair José lança disco depois de 10 anos sem gravar

Ele explica que sempre preferiu os shows, até para ficar mais perto de seu público, que diz ser formado por muitos jovens

Aos 63 anos, avô de Ágata, de 4 anos, Odair José está de volta à cena musical com o mesmo espírito observador que marcou a trajetória do denominado “cantor das pílulas e das empregadas”, como foi rotulado na década de 1970. “Com um tiro no escuro, sem saber ao certo/ acertei meu futuro que passava por perto”, dizem os versos de Aconteceu, a música de trabalho de Praça Tiradentes, que o cantor, compositor e instrumentista goiano está lançando pelo selo Saravá Discos. 

Produzido por Zeca Baleiro e Leonardo Nakabavashi, o CD marca a volta de Odair ao mundo do disco uma década depois do último lançamento. “Na verdade, sou muito mais ligado a shows”, justifica o artista, salientando o fato de seu repertório de 1970 predominar ainda hoje nas apresentações. “Os jovens curtem”, afirma, orgulhoso da descoberta de sua música pelas novas gerações. “Afinal, eles é que vão à festa”, acrescenta o cantor, hoje praticamente um cult.

Cartão de visita De acordo com Odair, em cujo disco novo há participações especiais do titã Paulo Miklos (voz e gaita em Sob controle) e Zeca Baleiro (voz em E depois volte pra mim, da parceria dos dois, além da assinatura em Como um filme), nas duas horas de show que costuma fazer, normalmente não há necessidade de músicas novas. “Fora o fato de o próprio mercado do disco ter mudado muito no Brasil”, pondera o cantor, que, ainda assim, também se cercou de talentos como Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown e Chico César, de quem gravou Vou sair do interior e Você tem me ensinado, respectivamente.

“Disco para mim sempre foi um cartão de visita, desde a década de 1970”, garante Odair José, interrogando-se a respeito de novas gravações se, na hora do show, o público quer mesmo são os antigos sucessos. A aproximação de Zeca Baleiro, segundo admite, acabou responsável pela volta dele ao mundo do disco. “Ainda assim ele passou um ano tentando me convencer a gravar”, recorda Odair, salientando, no entanto, o fato de, como autor, ele estar sempre compondo novas canções.

Com uma média de quatro shows/mês –, no auge do sucesso, ele diz que fazia shows de segunda a segunda – o cantor acredita que hoje daria para fazer até quatro apresentações por semana. “O Brasil é grande e festeiro”, justifica, salientando preferir, no entanto, manter-se na atual média mensal. O lançamento oficial de Praça Tiradentes será mês que vem, com show em São Paulo, onde Odair mora. A seguir virão Rio e outras capitais.
Fonte: Divirta-se.uai.com.br

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