"Se você pretende saber quem eu sou
eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na estrada de Santos
e você vai me conhecer..."
(As Curvas da Estrada de Santos - Roberto e Erasmo)
Ewerton, Herminho, Tiago, Miguelito e Jefferson
Na estrada com o KDA2
A canção do Zeca Baleiro, de quem eu gosto muito, diz com certa ironia: “...tava mais bobo que banda de rock”. Mas talvez esteja aí o segredo de se ir muito além. Coisa séria demais tende a não dar certo ou, quando muito, se aturar até certo ponto. Seria essa “bobagem” tão beleza e necessária que faz com que algumas bandas de rock seguir em frente, muitas vezes “sem lenço, sem documento”? O Alma de Borracha teve seus anos de glória e fez história. Acabou. Virou cinzas (se é que alma vira cinza). Mas ficou alguma coisa no ar (e nas cabeças e nas bocas). Dez anos já se passaram desde que o KDA2 subiu naquele palco do Centro Esportivo e Cultural de Ceará-Mirim para estrear o seu som, num desses tantos tributos a Raul Seixas. De lá para cá virou mania existir, mesmo que sem compromisso. Mesmo que o nome possa dar a entender se tratar de algo que conduz a “tranca”, aqueles jovens, agora senhores, sempre mantiveram as portas (da percepção) abertas, mesmo fiéis ao bom e velho rock and roll. Daí a longevidade do grupo, e praticamente com a mesma formação original. Eu não queria, mas vou dizer: sempre que se falou na possibilidade da banda tocar num tributo a RC eu ficava com um pé atrás. Não tanto por mim, mas pelos fãs mais “radicais” que talvez não entendessem a proposta musical daqueles músicos. Foi quando o próprio RC quebrou o gelo, abrindo espaço em seus costumeiros especiais de fim de ano para artistas e bandas de vertentes musicais tão diversas. Tai a brecha! Agora é acreditar no trabalho dessa turma que, começa seus compromissos para 2012, ano em que completa 10 anos de existência, com um desafio (desafio? Isso eles tiram de letra!) tocar no 8º Tributo a Roberto Carlos (28/04/2012 – no C.E.C.) onde terá como participação em seu show o cantor veterano Daniel, voz romântica da cidade, e dividirá o palco com uma dais mais significativas bandas do Estado Rio Grande do Norte - Banda Anos 60. Acreditamos na competência e no profissionalismo dos nossos músicos, genuinamente da nossa Ceará-Mirim. Se a canção do rei diz que mais que tudo “é preciso saber viver”, com certeza teremos respostas sonoras que irão muito “além do horizonte”, nesse caldeirão cultural. Porque pra se produzir cultura por aqui é preciso ter “fé”, acreditar que, com força de vontade se pode chegar até “a montanha”.
No mais são “detalhes”... Detalhes que, de tão pequenos, talvez não valha a pena esmiuçá-los aqui. Vamos curtir Roberto Carlos e companhia!
Texto: Eliel Silva
Foto: Cedida pela banda
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