Balada de um homem magro
Hoje, caminhando pela feira livre da cidade (sem querer parodiar o velho João André de guerra), fui recebendo e guardando vários santinhos de candidatos que me iam sendo entregues. Com a educação que recebi eu não ia recusar essas ofertas, mesmo sabendo que para mim seriam de pouca serventia, e em hipótese alguma queria contribuir para com a sujeira da cidade. Bom, entre santinhos e algumas propagandas de casas de comércio, fiquei “carregado”. Já na hora de voltar pra casa, passando por uma farmácia, fui conferir o meu peso numa antiga balança. Não que eu me preocupe com isso, mas me bateu essa idéia. Para minha surpresa, o ponteiro daquela balança, tão magro quanto eu, me mostrou um resultado que me animou. Eu havia adquirido um pesinho a mais. Desconfiado, tratei de passar numa outra farmácia e averiguar numa outra balança mais moderna, uma digital. Surpresa! O peso era o mesmo. Fui embora satisfeito. Chegando em casa tratei de me “despir” dos montes de papéis que lotavam os meus bolsos e corri para o banho. Nesse ínterim, caí na real, percebi que assim voltava a ter os meus míseros 58 quilos.
Texto: Eliel Silva
Ilustração: internet
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