Indigesto
Nesse sábado, quatro de setembro, quando ouvi o foguetório, ainda sonolento, pensei tratar-se de um bombardeio. Lembrei dos atentados de 11 de setembro nos EUA, quase fiz xixi no colchão. Corri pro banheiro e, depois mais aliviado, tratei de me acalmar. Fui ver a rua e um transeunte comentava que aquela barulheira toda se tratava de uma passeata de uns velhos políticos, em visita a cidade. Meio desconfiado fui tomar o meu café. Para minha surpresa o pão era do dia anterior e estava duro à beça. Conformado, falei pra mim mesmo que bem mais duro é enfrentar a lida do dia a dia, mesmo assim a gente tem que seguir tocando em frente. Terminei o meu breakfast e os fogos ao longe continuavam a estourar. Mas aí eu já estava em paz comigo. Não era a Terceira Guerra Mundial ainda. Era só uma manifestação de alguns candidatos. O problema é que, assim como os bombardeios, o efeito que alguns deles as vezes causam é quase sempre devastador. E pode durar anos e anos.
Um comentário:
Muito bom Eliel... não é preciso bombas nucleares para destruir uma população...como dizem os filósofos metafísicos: "as palavras matam e mais ainda o silêncio de quem as recebe"...valeu
Eduardo C. - GOTO SECO
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