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"Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga." Denis Diderot

sábado, 18 de janeiro de 2025


 Café amargo

Hoje eu estou triste. Fui informado, logo cedo que a minha ex colega de trabalho e uma verdadeira amiga e irmã para mim, nos deixou. Maria Oneide (a Neidinha do 15º NURE, do Centro Escolar, da DIRED). Segundo informação que tive, ela foi encontrada em casa, ontem a noite, já sem vida. Ultimamente ela morava sozinha.
Sobre a nossa amizade e parceria no trabalho, começou no ano de 1989, na criação do 15º NURE. Trabalhávamos juntos, no Setor Pessoal. Ela, encarregada do famoso "Malote", que levava e trazia da Secretaria, em Natal, documentação dos funcionários e escolas da jurisdição. E haja processo! Oneide era aquela funcionário dedicada, debruçada nos Diários Oficiais e Boletins que chegavam, todos com as letras bem miudinhas, e ela com uma lupa "catando" alguma coisa que fosse do interesse dos funcionários das escola ligadas ao nosso NURE. Entre 1990 a 1993, trabalhamos em repartições diferentes, mas no ano de 1994, graças a boa vontade de dona Janete Medeiros, então diretora do órgão, voltei ao 15º NURE, que na sequência foi mudando de nome e de gestores, mas lá permaneci até 2004, desempenhando o mesmo ofício com a amiga Oneide. Em seguida saí para uma escola, onde permaneci até me aposentar. Oneide se aposentou trabalhando no mesmo lugar em que começou.
Quando a gente se encontrava na rua era aquela alegria, aqueles abraços e aquelas risadas. Combinamos dela vir aqui em casa para tomarmos um café. Ela amava Lia. Esse encontro nunca aconteceu. Ficamos nos devendo. Mas agora isso já não tem mais importância. Com açúcar e com afeto eu vou ter sempre essa grande amiga nas minhas lembranças. Segue a vida... 🙌
Nota: Na foto, Oneide é a moça de blusa listrada, que está coladinha em mim. 😘😘

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025


E na brincadeira hoje já são 2 de janeiro. O tempo voa mesmo... Estou aqui, erguido, feito aquela escultura do missionário, mas sem os méritos dele, claro; feito aquela torre de telecomunicação, mas sem a sua base de concreto e ferro. No entanto, sigo vivendo. Fazendo a minha parte. O ano pode seguir triturando os dias. Isso não me preocupa. Já pendurei a folhinha do calendário na porta de trás. E daí?! Simplesmente vou riscando os dias... 


domingo, 22 de dezembro de 2024

 


"Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer
Que a vida é que tem razão." 🎶
Ednardo

À convite do maestro Dedé, participando, como um "trovador solitário", da MultiFeira, nesse sábado, lá na Praça Cidade de Vagos. Evento muito bom e participativo. Parabéns aos idealizadores, participantes e a todas as pessoas que prestigiaram. 👏
📸 Crédito da fotografia: Cleópatra Monteiro

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

 

O desgaste da sola do sapato...
E eis que é chegado o final de ano. Novidades? Quase nenhuma. É hora de rever aquela velha fita. Mas para mim existe uma ponta de esperança: há um ano aposentado, estou isento de alguns encontros tradicionais para confraternização. Muita coisa muda com o passar dos anos, mesmo que seja num processo excessivamente lento. E ainda bem! E você há de convir que com o tempo existe aquele desgaste natural da sola dos sapatos. Só que esses calcários do caminho tornam-se pedras preciosas se levarmos em conta o aprendizado obtido no tal processo da existência. E então você vai, as vezes, disfarçadamente, noutras, até de forma mais explícita, se afastando dessas conexões. É como você se deparar com um velho sobrado, que lhe traz lembranças, mas não lhe provoca o mínimo desejo de adentrar no seu espaço. Mas será como precisar sacrificar-se de um órgão em seu corpo, tocado por células cancerígenas. Passado algum tempo, e aliviado daquele mal, você nem se lembra de que tal parte existiu em você. Com o tempo os laços de famílias, de amizade e outros blues vão se desfazendo. Pelo desgaste do caminhar, descuidado de manter em evidência os valores que realmente contam na construção de um relacionamento sólido, natural, sem forçar a barra. Ė a vida. É o tempo. Somos nós...
🙏

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

 

"Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim..." 🎶
Chico Buarque
momentos na vida da gente que ficam mesmo guardados a sete chaves na nossa lembrança e no nosso coração.
A minha humilde participação no 20º evento do Goto Seco foi um desses que marcam de verdade. Com a participação do meu velho amigo de estrada Ruy Lima, sem produção, sem entrada apoteótica, e também quase sem ensaio, foi dado o recado. O objetivo era participar do evento, uma vez que tenho participado desde o primeiro, e naquele mesmo local, tantos anos atrás, e, claro, aproveitar a oportunidade para fazer uma simples, porém, necessária homenagem ao nosso querido e saudoso Washington Lord, ele que foi meu parceiro num evento do Goto Seco, anterior a esse, e que agora essa grande alma não está mais entre nós. Agradeço sempre ao professor Carlos Henrique por lembrar de mim nessas horas. É que o tempo vai passando e parece que para alguns a gente vai perdendo a serventia, esse é o termo, já que a tal e raríssima "consideração" hoje em dia é um artigo de luxo. A festa aconteceu, e foi legal! Parabéns aos organizadores e a todos que participaram ou que estiveram presentes.
"Há de ser por essa estrada..."
🙌🎶👏